O Sindicato Rural de Araguaína (SRA) realiza nesta quarta-feira, 20, às 20 horas, no Tatersal do Parque de Exposições Dair José Lourenço, reunião com seus associados e todos que participam da cadeia produtiva do agronegócio da região. No encontro serão discutidas estratégias de participação da comitiva do município na manifestação que acontecerá em Brasília, no dia 4 de abril, contra a cobrança retroativa do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) e securitização das dívidas.
Para o presidente do Sindicato Rural de Araguaína, Roberto Paulino, a gravidade da questão do Funrural vem tirando o sono de todos os produtores do País: “Desde a votação, de 29 de março de 2017, quando o STF reverteu uma decisão de 2010 e declarou a cobrança constitucional criando assim uma insegurança jurídica. Queremos sensibilizar o STF quanto as graves consequências para a cadeia produtiva do agronegócio, em razão da retroatividade pelo período em que a contribuição foi considerada inconstitucional. Isso irá gerar um passivo bilionário na conta dos produtores e das agroindústrias que pode levar centenas de propriedades rurais à falência”, diz Paulino.
O Manifesto Verde e Amarelo está mobilizando produtores rurais de todo o país e será realizado na Praça dos Três Poderes (DF).
A primeira caravana “Não ao Funrural”
Em maio do ano passado os produtores rurais de Araguaína e região estiveram em Brasília participando da mobilização nacional para reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a cobrança do Funrural. A caravana do Tocantins, organizada pelos diretores do SRA, foi a segunda com maior número de produtores.
No Congresso Nacional, os pecuaristas tocantinense, reuniram-se com as Comissões de Agricultura das duas casas legislativas e com a Frente Parlamentar da Agricultura, além de reuniões com membros do Poder Judiciário, Poder Executivo e parlamentares tocantinenses.
Desde então, entidades do setor rural entraram com recursos no STF e vêm pressionando os ministros para que façam a modulação do julgamento, indicando se essa cobrança sobre o passado é realmente válida.
Com a megamobilização do dia 4 de abril, pecuaristas de todas as regiões esperam encontrar a solução justa e que esteja de acordo com a realidade socioeconômica do Brasil do século XXI, o Brasil do agronegócio. (Com informações da ascom do Sindicato Rural de Araguaína )