O presidente da Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado (Faciet), Fabiano do Vale, disse ao quadro Entrevista a Distância ter tomado um susto quando o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou ao programa Fantástico, da TV Globo, desse domingo, 12, que o pico da pandemia da Covid-19 no Brasil será em maio e junho. “Perdi até o sono”, contou Vale, já que o ministro vinha falando sobre o final de abril e maio como o período mais duro do novo coronavírus no País.
Não tem empresa preparada
Para Vale, “não tem empresa preparada para aguentar isso”. “Cada um vai ter que se refazer, se remodelar nos seus negócios, o governo precisa ajudar mesmo, os órgãos públicos todos têm que fazer a sua parte”, avisou.
É preciso buscar saídas
Para ele, os empresários também não podem ficar se queixando. “Tem que buscar saídas, buscar alternativas de uma maneira ou de outra”, recomendou.
Não há culpados
O presidente da Faciet avaliou que, até porque, “não há culpado”. “Não tem ninguém culpado. Então, temos que buscar soluções de acordo com as necessidades de cada um, para a gente estar vivo porque isso pode durar de dois a três meses. Tomara que não”, afirmou.
Vontade de abrir, mas há o medo
Sobre os pedidos de reabertura do comércio que os empresários vêm fazendo à prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), Vale reconheceu que o momento certo para isso só “quem pode dizer são os órgãos de saúde”. “A minha vontade é de abrir, porque as empresas querem trabalhar, mas o cliente também está com medo. A gente quer voltar com menos riscos, mais higienização e sem aglomeração, tentando se adequar, com delivery. Mas eu também tenho medo, tenho família, tenho mãe com mais de 60 anos, tem nossos colaboradores”, disse.
Desespero
No entanto, ao mesmo tempo que afirmou que não quer “forçar nada”, Vale se disse “solidário ao micro e pequeno empresário”. “Que estão desesperados, eles trabalham para comer, como o autônomo, o prestador de serviço. Como eles ficarão parados? A gente não sabe dizer quem está certo e quem está errado”, resignou-se diante de uma crise inédita na história do Brasil.
Assista a íntegra da participação do presidente da Faciet, Fabiano do Vale, no quadro Entrevista a Distância: