A Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto) divulgou nesta quinta-feira, 27, mais uma rodada do Sondagem Especial sobre Acesso aos Serviços Financeiros. O estudo revela que, mesmo conhecendo o sistema de crédito, 68% dos empresários ouvidos afirmaram não o procurar. A entidade entende que a pesquisa revela também o tamanho do desinteresse das empresas tocantinenses pelo crédito.
DESINTERESSE
Mais da metade das empresas consultados sequer procuraram crédito, seja a longo ou médio prazo. As empresas desinteressadas superam as contratantes em todas as modalidades de crédito e portes das empresas. Das que procuraram os bancos, um terço conseguiu contratar ou renovar o crédito junto ao sistema bancário, mas somente 3,5% (1 em cada 28) junto aos bancos de desenvolvimento econômico. “Exatamente as instituições financeiras que deveriam simplificar o processo e facilitar a contratação”, diz o relatório.
REDUÇÃO DE CUSTOS TRIBUTÁRIOS E ADMINISTRATIVOS SOBRE O CRÉDITO
A pesquisa destaca ainda que apesar de disposição oficial que assegura crédito e investimento com tratamento diferenciado e simplificado para microempresas e empresas de pequeno porte os dados apontam na direção oposta. Situação que termina levando-as a optar por alternativas pouco recomendáveis, e que poderia ser resolvida com a redução dos custos tributários e administrativos sobre o crédito.
ENTRE OS PRINCIPAIS PROBLEMAS
O presidente da Fieto, Roberto Pires, lembra que a dificuldade de acesso ao crédito é apontada de forma recorrente nas pesquisas da instituição para identificar os principais problemas enfrentados pelos empresários do segmento. Segundo o gestor, há mais de 15 anos esse gargalo figura no ranking das pesquisas realizadas no Estado e, dada a relevância, gerou a necessidade de observação mais aprofundada por meio desta Sondagem Especial.
NÚCLEO DE ACESSO AO CRÉDITO
Pires destaca que para minimizar a dificuldade no acesso e relacionamento dos empresários com os bancos e agentes financeiros, a Fieto mantém o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) para encurtar caminhos e facilitar o atendimento do empresário da indústria, estreitando o contato com as instituições financeiras. “Traçado o cenário e suas dificuldades, incentivamos a busca conjunta de soluções para viabilizar o crédito a quem precisa, especialmente junto aos bancos e agentes financeiros que têm em sua missão o desenvolvimento econômico”, afirma.