A economia brasileira passou da 6ª para a 12ª colocação no ranking das economias mundiais e pode chegar na 14ª colocação se providências não forem tomadas.
Aumento dos preços médios em um ano:
Gasolina: 44,77%
Etanol: 50,40%
Botijão de gás: 22%
Kg de carne: 38%
Famílias endividadas: 67,5%
Barril de petróleo no mundo: 87%
Variação do IGPM em um ano = 36,37%
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Pode ser utilizado para reajustes de aluguéis, educação, saúde, etc.
Variação do IPCA em um ano = 8,06%
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país.
O Brasil precisa gerar 33,2 milhões de empregos para atender:
14,8 milhões de desempregados: pessoas que não trabalham, mas procuraram empregos nos últimos 30 dias (no 1º trimestre, eram 13,7 milhões);
7 milhões de subocupados: pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais;
11,4 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas não trabalham (força de trabalho potencial): grupo que inclui 6 milhões de desalentados (que desistiram de procurar emprego) e outras 5,4 milhões que podem trabalhar, mas que não têm disponibilidade por algum motivo, como mulheres que deixam o emprego para cuidar os filhos.
A pobreza no Brasil atinge 39 milhões de brasileiros e a extrema pobreza atinge13 milhões.
Conforme a “Isto é Dinheiro”, mais de 116,8 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil, segundo pesquisa feita em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). O número, que é mais da metade de brasileiros, engloba pessoas que não se alimentam como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente.
Crise hídrica e energética. Bandeira vermelha com aumento de 52%.
Crise sanitária com mais de 5oo mil mortos.
Ao analisarmos os dados apresentados, podemos afirmar que a situação da economia brasileira é preocupante. As incertezas e as tendências são a tônica das discussões em todo o país.
Como pode um país ter um IGPM de 36,37% e um IPCA de 8,06%. Como explicar para a população essa situação, se a carne aumentou 38%, a gasolina 44,77% e o botijão de gás 22% e a inflação foi só de 8%?
O Brasil precisa das reformas que estão tramitando no Congresso Nacional. As reformas tributária e administrativa são importantes para o futuro do país, mas a prioridade dos nossos congressistas é a reforma política para atender suas necessidades para as eleições de 2022.
A procrastinação por parte dos congressistas deixa a economia brasileira estagnada, mesmo que se fale em crescimento do PIB para este ano. O país está perdendo a oportunidade de retornar ao protagonismo de uma das economias mais forte do mundo.
Quanto mais se aumenta os preços dos produtos, mais se aumenta a arrecadação tributária da União, Estados e Municípios. Quem poderia mudar o cenário não o faz porque a situação é excelente para os cofres públicos.
Não adianta permanecer na discussão política sobre direita, centro ou esquerda. A questão da economia é técnica e precisa de decisões técnicas e não políticas. O Brasil precisa que seus representantes políticos se unam em prol da diminuição da pobreza, da fome e do desemprego.
Os ricos ficando mais ricos e os pobres ficando mais pobres.
Um país assim não respeita seu povo. Precisamos de Estadistas e não de garimpeiros de emendas parlamentares.
TADEU ZERBINI
É economista, especialista em Gestão Pública, professor e consultor
ctzl@uol.com.br