Você sabe quando a Unitins foi implantada? Você sabe quantas pessoas estudaram na Unitins antes da UFT, ULBRA, CATÓLICA e tantas outras instituições de ensino superior chegarem ao Tocantins? Você sabe o que ocorreu com a Unitins de 1990 para cá? Você sabe o que a UFT recebeu da Unitins?
A Unitins passou por todo tipo de provações e sempre atuou para preservar o ensino superior para as pessoas que não tem como pagar uma universidade. Hoje, a Unitins tem mais de 2000 alunos e está presente nas regiões mais pobres do Estado, desempenhando o seu papel no desenvolvimento econômico e social do Tocantins.
[bs-quote quote=”A Unitins precisa do apoio de todos nós. Ela é a universidade estadual do Tocantins e merece nossa confiança. Não é porque causaram tantos problemas a ela que a deixaremos sucumbir por um ranking desproporcional, incoerente e com comparações esdrúxulas que merecem nossa repulsa” style=”default” align=”right” author_name=”TADEU ZERBINI” author_job=”É economista e consultor” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2019/09/TadeuZerbini180.jpg”][/bs-quote]
Há muito tempo a Unitins se destaca com seu Complexo de Ciências Agrárias (CCA) que fica localizado próximo ao Parque Agro tecnológico de Palmas, onde acontece a Agrotins. O Complexo está numa área de 27 hectares, conta com 13 laboratórios; 14 salas para pesquisadores; 7 salas de apoio administrativo, uma sala de sócio economia, uma sala de modelagem e uma sala de editoração. Além disso, possui mais três blocos e unidades isoladas de laboratórios.
A infraestrutura laboratorial e de campo deste CCA tem permitido atender 20 disciplinas do curso de Engenharia Agronômica, além de agricultores familiares, produtores rurais, projetos de pesquisas nas áreas de ciências agrárias e ambientais e atividades de Ensino e Extensão.
Os acadêmicos da Unitins podem participar, gratuitamente, da Escola de Línguas, que é um Programa de Extensão, que já atendeu mais de 1.300 alunos com a oferta de cursos de Inglês, Espanhol e Libras. Neste semestre estão sendo ofertados os cursos de Inglês Básico, Inglês Instrumental, Conversação em língua inglesa, Espanhol intermediário, Libras básico e Libras intermediário, atendendo cerca de 200 alunos, distribuídos em 11 turmas.
Para melhorar e oportunizar o acesso acadêmico às publicações que custariam muito caro, a Unitins contratou um sistema de biblioteca digital com acervo de mais de 8 mil títulos, isto vai permitir melhorar os resultados nos rankings educacionais além de capacitar melhor os acadêmicos para o mundo profissional.
Por que estou falando sobre a Unitins?
No dia 8 deste mês os veículos de comunicação divulgaram o Ranking Universitário Folha (RUF) no qual a nossa Unitins ficou na 197ª colocação geral, ou seja, em último lugar. E qual a metodologia que a “Folha” utiliza? Ela faz a avaliação de cinco indicadores: Pesquisa: 42 pontos, Internacionalização: 4 pontos, Inovação: 4 pontos, Ensino: 32 pontos e Mercado: 18 pontos.
Quem pode afirmar que esta metodologia é a mais indicada para comparar universidades? Como comparar a Unitins que foi fundada em 1990, em um dos Estados mais pobres da federação, com a USP fundada em 1934 no Estado mais rico da federação. Como pode uma metodologia destinar à “pesquisa” 42% da nota final.
Por que não levam em consideração o aspecto social, a disponibilidade de mão-de-obra qualificada, os recursos financeiros disponíveis, os orçamentos anuais e, principalmente, o custo/benefício das universidades. O que fizeram com a Unitins divulgando o Ranking sem uma avaliação melhor da metodologia faz com que pareça que não existe gestão, determinação e sonhos em nossa universidade estadual. O que estão pensando os acadêmicos? O que estão pensando os professores que se dedicam tanto?
A Unitins está se reestruturando depois de passar por muitas mudanças, pelo seu desaparelhamento patrimonial e de prejuízos incalculáveis com a Eadcon/Unitins. Quantos processos foram movidos em todo o Brasil contra a Unitins por causa da Eadcon?
A Unitins precisa do apoio de todos nós. Ela é a universidade estadual do Tocantins e merece nossa confiança. Não é porque causaram tantos problemas a ela que a deixaremos sucumbir por um ranking desproporcional, incoerente e com comparações esdrúxulas que merecem nossa repulsa.
O Governo do Estado, a Unitins, os acadêmicos e os professores devem encaminhar nota de repúdio aos responsáveis pelo RUF, exigindo explicações coerentes sobre a metodologia utilizada.
E vocês, senadores, deputados federais e deputados estaduais, por que não destinam parte de suas emendas para a Unitins? Está passando da hora de contribuírem mais para a consolidação e melhoria da nossa universidade estadual.
Vamos abraçar a Unitins.
Vamos defender nossa bandeira.
Vamos continuar a construir um Estado forte, mesmo que os formadores de opinião de outros Estados tentem desequilibrar nossos ânimos.
“Nóis” é jeca, mais é jóia!
E “nóis intende” um pouquinho de metodologia de pesquisas de ranking.
Rsrs
TADEU ZERBINI
É economista, especialista em Gestão Pública, professor e consultor
ctzl@uol.com.br