A Universidade Federal do Tocantins (UFT) anunciou nesta segunda-feira, 3, que a Revista de Propriedade Industrial (RPI) trouxe na edição 2.658 a publicação da patente da maionese com polpa de açaí. O título da tecnologia é “Bebida Láctea Fermentada à Base de Extrato Hidrossolúvel de Amêndoa de Babaçu” e foi desenvolvida pelos professores do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) e da Rede Bionorte: Zilda Doratiotto, Abraham Damian Zuniga e Aroldo Arévalo Pinedo.
Composição
O invento refere-se à fabricação de uma bebida láctea e compreende uma composição específica contendo leite, soro de queijo e extrato hidrossolúvel de amêndoa de babaçu (Orbignya speciosa). A bebida é fermentada com cultura probiótica, sendo usada como alimento funcional. “Esta patente vem contribuir com a área de Tecnologia de Alimentos no desenvolvimento de um novo produto, baseado no coco de babaçu, matéria prima da nossa região; além do que a insere na conservação da biodiversidade da Amazônia Legal”, explica Zilda Doratiotto.
Uso sustentável da biodiversidade
Coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), Claudia Auler destaca que a patente é mais uma tecnologia produzida pela UFT na Amazônia Legal em meio aos atuais contratempos e dificuldades. “Mostra que a ciência da UFT está promovendo e possibilitando o uso sustentável de nossa biodiversidade, e pode ser ampliada para outras realidades. O processo de depósito e concessão de uma patente é longo e envolve várias etapas, exigindo tempo e dedicação dos pesquisadores e do NIT da universidade. Em 2021 tivemos as primeiras concessões de patentes da UFT, o que mostra que estamos avançando na proteção de propriedade intelectual e que as tecnologias desenvolvidas estão sendo reconhecidas como inovadoras por terem novidade, aplicação industrial, atividade inventiva e suficiência descritiva”, relata.
Propriedades intelectuais da UFT
De acordo com dados do NIT, a UFT detém 106 ativos de propriedade intelectual, sendo que 50 são pedidos de patentes e 56 registros de programa de computador. Este ano, foram depositados 14 ativos junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Núcleo de Inovação Tecnológica
O NIT é o setor responsável pelos trâmites internos para a proteção de propriedade intelectual, como recebimento de comunicados de invenção, preparação e formalização de contratos de cessão de titularidade, entre outros, bem como pelo depósito e manutenção dos ativos imateriais junto ao INPI.