Cara senadora Dorinha Seabra Rezende,
Sem sombra de dúvidas, a senhora foi, individualmente, a maior vencedora das eleições municipais de 2024, considerando todas as mais importantes lideranças estaduais. O que eu já previa desde a pré-campanha por sua intensa movimentação e filiações dos mais competitivos pré-candidatos por todo o Tocantins. Apesar do Republicanos, do governador Wanderlei Barbosa, ter feito número maior de prefeitos (56 contra 37), o seu União Brasil terá sob seus governos locais muito mais tocantinenses: mais de um terço da população do Estado, o que significa mais de 584 mil pessoas.
E a senhora é o que poderíamos considerar bicampeã, porque, em 2020, quando comandava o Democratas, já havia liderado o ranking em total de prefeituras, com 26 conquistadas naquelas eleições. Desde então, o DEM se fundiu com o PSL, formou o União Brasil, que, sob sua presidência, ganhou imenso volume com a filiação de muitos prefeitos e líderes por todas as cidades. Tudo sem descuidar de sua carreira pessoal. Como deputada se projetou nacionalmente, pilotando o debate sobre o Fundeb, e, paralelamente, com discrição e muita habilidade, construiu a candidatura para o cargo que ocupa agora, de senadora da República.
Digo que a senhora se tornou a maior vencedora individualmente destas eleições porque elegeu os candidatos aos quais mais se empenhou pessoalmente. Caso de Araguaína, com Wagner Rodrigues; de Gurupi, com Josi Nunes; de Colinas, com Josemar Kasarin; de Guaraí, com Fátima Coelho; entre outros. Inclusive de partidos que não o seu, como em Miracema, com Camila Fernandes, que se filiou ao Republicanos, mas, desde o início, era uma aposta sua — e a prefeita só não ingressou no União Brasil na tentativa do grupo dela de levar Wanderlei para a campanha, o que não ocorreu e ele só gravou vídeo pedindo votos dois dias antes da eleição.
E é justamente com o governador que o contraste mostra o tamanho de sua vitória pessoal nestas eleições. Ao contrário da senhora, Wanderlei perdeu praticamente em todos os municípios em que mais se empenhou pessoalmente — e com placar imensamente elástico: tomou taca em Araguaína, com Jorge Frederico; taca em Porto Nacional, com Toinho Andrade; taca em Paraíso, com Osires Damaso; taca com o cunhado Goianyr Barbosa em Almas e, inclusive, taca com a tia dele, Deuseny Batista, de Novo Acordo, uma das poucas prefeitas que não conseguiram a reeleição. Imagino que deve estar um pouco dolorido. Mas faz parte da política ganhar e perder. É aprendizado.
Assim, acredito que a estrada da senhora está muito bem pavimentada para começar a trilhar rumo a uma candidatura a governadora em 2026.
Muito sucesso e que continue brilhando e contribuindo para o desenvolvimento do nosso Tocantins.
Saudações democráticas,
CT
P.S.: O quadro Bilhete do CT deixa o Em Off para ganhar espaço próprio na capa da Coluna do CT.