O Tocantins vive um tempo de encruzilhadas, onde ações políticas precisam ser feitas, para que um novo tempo seja desenhado. De decisões que exigem não apenas coragem, mas sabedoria. A política estadual encontra-se no compasso da hesitação, enquanto o futuro aguarda por movimentos ousados e estratégicos. No centro desse tabuleiro, o governador Wanderlei Barbosa, homem de forte aceitação popular, com uma eleição ao Senado praticamente nas mãos, titubeia entre o poder que tem e o destino que o chama.
É tempo de grandeza. E grandeza, às vezes, significa ceder para vencer depois.
Wanderlei tem hoje o que poucos tiveram, a confiança de um povo inteiro. Sua força nas urnas o coloca como o cabo eleitoral mais importante do Tocantins desde Siqueira Campos, o eterno líder que ajudou a erguer esse estado, do nada, do zero, apenas pela força da esperança. Mas é justamente esse prestígio que precisa ser canalizado com inteligência, para que não se perca na vaidade ou na ilusão da permanência, o líder, o diferente ou o estadista se eternizam no infinito de nossas gerações, por, exatamente pensarem à frente de seu tempo! E quem vem se reinventando e se reconstruindo, é Eduardo Siqueira Campos, que também, vai ser eleitor de peso, a ser considerado, o tempo dirá. Mas falarei, mais especificamente sobre a força que Eduardo Siqueira Campos vem se consolidando, em um próximo momento!
O cenário exige lucidez. Nomes fortes se movem, Vicentinho, Eduardo Gomes, Gaguim, Irajá Abreu, Alexandre Guimarães, dentre outros, todos de olho na vaga ao Senado ou qualquer que seja a vaga na chapa majoritária, e do outro lado, a senadora Professora Dorinha, que pode embarcar numa candidatura ao governo, alterando as peças do jogo.
Se Wanderlei insistir em seguir sozinho, sem alinhar com seu vice, corre o risco desnecessário de ficar sem mandato, sem foro privilegiado, vulnerável, numa arena política onde o pragmatismo impera. Não se trata apenas de cálculo eleitoral, mas de preservação institucional e pessoal. É preciso proteger o projeto, o legado e a biografia.
A saída existe. Está diante de seus olhos, pactuar com seu vice, renunciar com honra, apoiar com lealdade a reeleição de Laurez Moreira, nome com densidade e capilaridade, e lançar-se ao Senado com força plena. Vence, torna-se senador, abre caminho para o grupo continuar governando o Tocantins e se credencia, em 2030, para uma volta triunfal ao Palácio, se tornando, assim, um dos maiores líderes e estadistas desse estado, talvez, o maior, até mesmo que o próprio criador!
Renunciar não é desistir. É estratégia. É plantar o futuro com os pés firmes no presente. Wanderlei Barbosa, está com a faca e o queijo, literalmente nas mãos, é só cortar!
A história sempre premiou os que pensaram à frente do seu tempo. Wanderlei precisa ouvir além dos conselhos palacianos. Precisa escutar o povo, os aliados, os sinais da política que gritam por harmonia e unidade. Não é hora de vaidades, mas de visão.
O Tocantins quer crescer. E para isso, precisa de líderes que pensem com grandeza, que abram mão do conforto de hoje para erguer o futuro com dignidade. A política não é sobre permanecer no topo a qualquer custo, mas sobre saber sair, para depois voltar maior, mais forte e mais preparado.
Se a escolha for pela sabedoria, o nome de Wanderlei Barbosa poderá estar, em breve, ao lado dos grandes artífices da história deste estado. Mas para isso, é preciso dar o passo. Descer do pedestal da hesitação e subir no palanque da estratégia.
O destino está pronto, mas sua realização, depende de ação no presente, “O destino é certo, nós o construímos, e ele é ágil e esperto, só se revela inteiro pra quem tem coragem de arriscar no escuro.” Como aquele que tem a coragem de se jogar nas águas escuras dos mares, sem saber o que irá encontrar, enfim, é não temer o desconhecido, quando a busca é por objetivos e sonhos.
Fique esperto e abra o olho Governador, muitos que o querem sem mandato, não estão pensando no vosso destino político, e sim nos seus próprios umbigos! Só falta a decisão.
TOM BELARMINO
É ex-prefeito de Pedro Afonso