O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou sua saída do cargo nesta quinta-feira, 18, através das redes sociais em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
No vídeo, Weintraub aparece lendo sua despedida e, se dizendo “emocionado”, quis agradecer tanto ao mandatário como aos “Weintraubs” que conheceu durante seu mandato à frente da pasta.
“Sim. Dessa vez é verdade. Eu tô saindo do MEC e eu vou começar a transição agora e nos próximos eu passo o bastão para o ministro que vai assumir no meu lugar, seja interino ou definitivo. Neste momento eu não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe, mas eu quero dizer, que eu recebi o convite para ser o diretor de um banco, do Banco Mundial. Obrigado presidente”, disse.
O agora ex-ministro afirmou que um dos motivos para anunciar a decisão é fato de que sua família “vai ter a segurança que hoje não tem”. “Eu estou fechando um ciclo hoje e quero continuar dizendo que vou apoiar o senhor. Continuarei lutando pela liberdade”, afirmou.
Bolsonaro, que a maior parte do tempo da fala de Weintraub ficou olhando para a frente, sem interagir com o ex-ministro, falou ao fim do vídeo.
“Todos os meus compromissos de campanha continuam em pé e busco implementá-los da melhor maneira possível. A confiança você não compra, você adquire. Todos os que estão me ouvindo agora são maiores de idade e sabem o que o Brasil está passando. O momento é de confiança. Jamais deixaremos de lutar por liberdade. Eu faço o que o povo quiser”, afirmou, dando um abraço em Weintraub.
Considerado um dos representantes da ala ideológica do governo Bolsonaro, Weintraub acumulou polêmicas à frente do Ministério da Educação. Na fatídica reunião do dia 22 de abril, foi ele quem chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos” e que deveriam ser “todos presos”.
Além disso, segundo fontes de Brasília, a saída do ex-ministro é uma tentativa de apaziguar os ânimos tanto entre os políticos como os militares. O agora ex-ministro está sendo investigado pelo STF também no caso de fake news e é investigado também no caso de racismo contra os chineses por falas no Twitter.