Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira, 29, alerta para o risco de um apagão de profissionais especializados para os Estados montarem equipes de UTI, em meio ao rápido agravamento da pandemia da Covid-19, que tem pressionado hospitais brasileiros, que já enfrentam a insuficiência de leitos e escassez de remédios.
Tocantins e mais 8
São nove Estados, segundo O Estadão, sob o risco de apagão, entre eles o Tocantins. Os outros são Bahia, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Conforme o jornal, esses Estados relatam falta de intensivistas, dificuldades no atendimento ou necessidade de abrir rodadas de processos seletivos para contratar temporários.
Programa de voluntários não deu certo
A Secretaria Estadual da Saúde do Tocantins informou ao jornal ter contratado cerca de 1,5 mil profissionais em diversas áreas de atuação de combate à pandemia. A pasta ainda contou que foi aberto edital de cadastro para integrar voluntários à linha de frente, mas isso não ocorreu.
Profissionais treinados
De acordo com a reportagem, o Brasil tem 543 mil médicos, mas nem todos preparados para as demandas atuais. “O que precisamos é de profissionais treinados para internação sob cuidados intensivos”, diz o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes. “E também dos demais profissionais de saúde, porque não é qualquer médico ou técnico que pode trabalhar numa UTI. As equipes de enfermagem têm de ter treinamento para manejar máquinas modernas e os respiradores.”