O MDB de Gurupi continua em pé de guerra. O partido tem três convenções previstas na cidade. Duas ocorreram na manhã deste domingo, 13, na Câmara. A da comissão oficialmente reconhecida pela executiva estadual, sob a presidência de Thiago Torquato, irmão do pré-candidato a prefeito da base de Laurez Moreira (PSDB), o ex-secretário municipal Gutierres Torquato (PSB); e a do diretório dissolvido, sob a presidência de Francisco Bertolino Reis Matos Sales, o Chiquim. A ata de Thiago vai apoiar Gutierres e a de Chiquim, a ex-deputada federal Josi Nunes (Pros).
Dolores também fará convenção
Mas está prevista para terça-feira, 15, uma terceira convenção, a da vice-prefeita Dolores Nunes, que chegou a ter a comissão reconhecida pelo então presidente regional e deputado estadual Nilton Franco, mas horas depois o grupo também foi dissolvido pelo ex-governador Marcelo Miranda, que reassumiu a presidência regional do MDB.
Louvação e indignação
Na convenção de Thiago Torquato, com o grupo de Chiquim ocupando a mesa ao lado, foi exibido um áudio do ex-governador elogiando o candidato do PSB, Gutierres Torquato. Os aliados de Josi, sempre fiel a Marcelo em seus três mandatos, ficaram indignados.
Legitimidade questionada
Os adversários de Gutierres agora também estão questionando a legitimidade dos atos de Marcelo. Isso porque defendem que ele não poderia assumir como dirigente partidário por estar com os direitos políticos suspensos pela cassação do mandato de governador em 2018.
Caso do TSE
Eles ilustram com uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reconheceu que a filiação a partido político de cidadão que está com os direitos políticos suspensos, só que no caso em razão de condenação criminal transitada em julgado, não é válida. Por isso, os ministros negaram recurso apresentado por Antonio Francisco da Silva, que solicitava o deferimento do registro de sua candidatura a vereador de Selvíria, em Mato Grosso do Sul, nas eleições de 2012.