O governador Mauro Carlesse (PHS) rejeitou, no almoço com os deputados estaduais nesta quarta-feira, 31, a proposta de aumentar de seu salário, atualmente de R$ 24 mil, e de seus secretários, hoje em R$ 13,5 mil. A oferta foi feita pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, José Bonifácio (PR).
Conforme convivas ouvidos pelo CT, o governador demonstrou bastante comprometimento com os cortes de despesas e muita preocupação com as finanças do Estado. Ele não revelou nenhuma medida do plano de ajuste que deve começar a ser anunciado a partir desta semana. No entanto, reafirmou que quer o Tocantins reenquadrado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) até meados do ano que vem.
De acordo com parlamentares, Carlesse avaliou que esta não é mera uma questão de vontade, mas de pura necessidade do Estado. “Não tem outro remédio”, afirmou o governador aos deputados durante o almoço.
Ainda segundo participantes, o governador evitou temas polêmicos. O único foi o da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do subteto do funcionalismo, que pediu para ser derrubada ainda nesta tarde, quando estava previsto para entrar em pauta na semana que vem.
Sobre as emendas parlamentares, os deputados não saíram otimistas com o que ouviram. Carlesse resumiu o tema dizendo que essa conversa será individual e pontual, que elas serão empenhadas, mas deixou a entender que só serão pagas quando for possível. Ou seja, em tempo incerto e nada determinado. Segundo deputados, existem pendências de emendas de 2015, 2016, 2017 e pouca coisa foi liquidada em 2018.
Os parlamentares contaram que o clima do almoço foi de descontração, muito amistoso, com exceção do momento em que o deputado eleito Fabion Gomes (PR), auditor fiscal, se irritou por causa do pedido do governador para que a PEC do subteto fosse derrubada nesta tarde. Mas logo se acalmou e a paz voltou a reinar.
Carlesse disse aos deputados que pretende manter com eles uma reunião de trabalho mensal a partir da posse em fevereiro.