Apesar do compromisso da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), de colocar “rigorosamente em dia” as progressões de todas as carreiras do município, os professores querem mais. O secretário de Assuntos Municipais do Sindicato dos Profissionais de Educação do Tocantins (Sintet), Joelson Pereira, disse que as últimas gestões da Capital não vêm pagando o índice correto de reajuste do magistério. Conforme Pereira, Cinthia anunciou pouco mais de 4%, mas ele defendeu que o realinhamento do piso do magistério foi de 12,84%.
Fere a lei e o PCCR
De acordo com o secretário, a gestão de Palmas desde 2015 vem aplicando o reajuste do piso apenas para contratos nível 1 e para professores que têm somente o magistério em nível médio. “Essa prática, além de ferir a Lei do Piso e as metas 18, 19 e 20 Plano Nacional de Educação, também fere o nosso PCCR [Plano de Cargos, Carreira e Remuneração], uma vez que quando está foi aprovado havia uma diferença de mais de 70% entre o Nível 1 e o nível 2”, explicou.
Achatando a carreira
Para Pereira, ao praticar o reajuste do piso somente para o nível médio e praticar as perdas inflacionárias para os demais níveis, a gestão “está achatando a carreira dos demais níveis e desconfigurando a carreira do magistério.
Comunicado antecipado
O secretário disse que o Sintet teve o cuidado de enviar ofício este ano, com data antecipada, para todas as prefeituras, comunicando o novo valor do Piso Nacional do Magistério (Lei 11.738/2008), em vigor a partir de janeiro. Em 2020, o Piso Nacional do Magistério é de R$ 2.886,15.
Herança maldita
Pereira contou já ter alertado a prefeita Cinthia, via redes sociais, com um post que dizia o seguinte: “Atenção, prefeita Cinthia Ribeiro!Se não cumprir a lei dessa vez, vai herdar o título de caloteira do ex-prefeito Amastha e do ex-governador Marcelo Miranda”.
O outro lado
A Secretaria de Comunicação foi acionada e a Coluna do CT aguarda manifestação.