O prefeito de Dianópolis, padre Gleibson Moreira, conversou com o CT na manhã desta quarta-feira, 25, e confirmou que está deixando o Partido Socialista Brasileiro (PSB). A decisão foi tomada após o presidente da legenda e candidato a governo nesta eleição suplementar, Carlos Amastha, formar aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT), inclusive, colocando como vice o petista Célio Moura.
Gleibson Moreira tem um histórico de embate com o PT. Nas últimas eleições municipais enfrentou o petista José Salomão para chegar ao Paço. Apesar de admitir que a resistência ao partido ter surgido da situação em Dianópolis, o prefeito disse que este “não é o problema”. “Nem sei se ele iria com Amastha”, disse em relação ao adversário no pleito de 2016.
Para o prefeito, o discurso de Carlos Amastha foi maculado com a aliança. “Eu não comungo. Este discurso da nova política que carregava, esta vontade de transformação e mudança, inclusive a fala contra esta velha política, caiu por terra. Então, não tenho motivo para seguir. Onde tiver PT, não estou”, decretou.
Gleibson Moreira fez questão de deixar claro não ter nada específico contra o partido ou até contra Amastha. “O meu problema não é com o candidato, não é com o partido. Amo o PSB. Tenho dois vereadores, um monte de gente filiada, foi meu primeiro partido. Só que deu um tiro no pé, uma bola fora. Não tenho interesse em continuar”, explicou-se.
O prefeito de Dianópolis disse ao CT que deve ficar “um tempo” sem partido e não quis revelar se já recebeu convite de outras siglas. “O momento é de reflexão”, afirmou.
Com a saída dele, o PSB perde todos os prefeitos que elegeu em 2016. O partido conquistou nove nas últimas eleições municipais, dos quais sete deixaram a legenda no ano passado para ingressar no PSDB e Amastha renunciou ao mandato no início de abril.