Alvo de busca e apreensão da Operação Carta Marcada, o ex-prefeito Carlos Amastha (PSB) se manifestou publicamente ainda na manhã desta terça-feira, 21, sobre o episódio. O pessebista defende que “o direito de investigar é sagrado e uma obrigação”, mas critica a Polícia Federal (PF) por “carregar” o inquérito para conseguir uma decisão favorável aos mandados. “Isto não pode, é criminoso”, lamenta.
Dá para acreditar?
Amastha indica ser difícil dar credibilidade ao inquérito que o coloca como responsável por exigir o fim do contrato com uma empresa de locação porque a mesma não teria aceitado dar R$ 100 mil de patrocínio ao Palmas Futebol Clube. “Dá para acreditar, gente? Se pelo menos colocasse que mandei fazer isto em troca de propina. É um absurdo! Joga na lama o nome das pessoas que a gente sabe da retidão”, avalia.
Não faça julgamento antecipado
O ex-prefeito termina com um pedido para que não haja uma condenação prévia dos investigados e com uma defesa da gestão e dos ex-secretários também investigados. “Não façam julgamento antecipado das pessoas. De mim, que não entrei para isto na política e nunca vai encontrar nada que desabone minha gestão; e de outras pessoas que participaram com tanta paixão desta gestão e que hoje aparecem como se fossem criminosos. Isto não se faz sem uma prévia investigação. Acreditem, nunca vão pegar que eu tenha feita uma falcatrua com o dinheiro do povo de Palmas”, encerra.
Entenda
Empresários e ex-secretários foram presos temporariamente pela PF por um suposto esquema de direcionamento de licitações e desvio de recursos federais através de contratos de locação de veículos. O ponto de partida teria sido uma rescisão de forma unilateral e sem justificativas com a prestadora do serviço na época. Em seguida, o município aderiu a uma ata de registro de preços de Porto Nacional com indícios de superfaturamento. Com isto, empresas e servidores públicos se organizaram para direcionar o processo para uma única locadora. A Operação Carta Marcada suspeita que os desvios podem ter chegado a R$ 15 milhões.
Confira a manifestação de Carlos Amastha: