O candidato a governador na eleição suplementar do Tocantins pela Coligação “A Verdadeira Mudança”, Carlos Amastha (PSB), apresentou suas propostas para o setor agropecuário durante debate com os produtores rurais, no início da noite desta sexta-feira, 11. Criticado pelos aumentos de impostos e taxas da Prefeitura de Palmas nos cinco ano em que comandou o município, Amastha defendeu para os produtores a política tributária de sua gestão na Capital.
Segundo ele, o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) foi usado para combater os vazios urbanos e que isso “não tem qualquer relação com vontade de aumentar impostos”. A alta de IPTU em 2018 revoltou a Capital, e a sociedade se uniu para judicializar a majoração, que foi derrubada pelo Tribunal de Justiça (TJTO).
De outro lado, Amastha criticou as taxas de cartórios cobradas das atividades rurais, que, segundo ele, são altas. O ex-prefeito disse esperar que o projeto de autoria do próprio TJTO, em tramitação na Assembleia Legislativa para reduzi-las, seja efetivo.
O candidato criticou o que chamou de “o absurdo” do aumento das taxas de cartórios em 2014. Ele ressaltou a importância da agricultura para o Estado, frisando que, infelizmente, a produção andou muito mais rápida que a política, salientando que uma gestão pública diferente poderia colaborar e muito com o crescimento do Estado.
Frete ferroviário
Durante o Encontro das Cadeias Produtivas do Tocantins, promovido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), também nessa sexta-feira, na Agrotins, o candidato a governador pelo PSB, Carlos Amastha, criticou a situação do frete via ferrovia no Tocantins, que, segundo ele, muitas vezes tem o mesmo preço ou até é mais caro do que o rodoviário, obrigando os produtores a transportarem por caminhão, em viagens de mais de 1,5 mil quilômetros. Ele afirmou que, como governador, vai brigar para que o preço do frete de trem seja reduzido e assim a Ferrovia Norte-Sul seja usada para o escoamento da produção, e não apenas para o transporte de minério e ferro.
O candidato não poupou críticas aos ex-gestores do Estado pela qualidade das rodovias estaduais. Segundo ele, todos aprenderam que o superfaturamento de rodovias “é a maior forma de se roubar e transformar o dinheiro em milhares de bois no Pará”. “Em 30 anos, esse foi melhor negócio do mundo para aprender a roubar. Licitam a R$ 100 milhões e roubam R$ 40 milhões”, acusou.
Conforme Amastha, é possível ter rodovias de qualidade, com asfalto CBuQ, desde que a gestão saiba trabalhar. Ele afirmou que a manutenção das rodovias ou mesmo estradas vicinais estaduais é um ponto que não se discute e será sempre prioridade, junto com saúde e educação.
Obra que nunca existiu
Amastha atacou o que chamou de “politicagem” feita com a história da ponte de Porto Nacional. Segundo ele, o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e o senador Vicentinho Alves (PR), também candidato a governador, lançaram “uma obra que não existia e que não há dinheiro”.
Para o candidato, os dois “mentiram para a população” ao falar que o governo federal tinha o recurso assegurado. Amastha salientou que essa obra terá que receber atenção especial no seu governo e precisa ser feita, seja com parceria da União, ou até mesmo iniciando com o caixa próprio do Estado.
(Com informações da Ascom)