O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) optou na noite desta terça-feira, 29, flexibilizar os prazos de desincompatibilização, de filiação partidária e de domicílio eleitoral para garantir a participação de todos os candidatos do pleito suplementar do dia 3 de junho do Tocantins. A decisão beneficia a senadora Kátia Abreu (PDT), Márlon Reis (Rede) e Carlos Amastha (PSB). Ainda há candidaturas pendentes que devem ser apreciadas nesta quarta-feira, 30, pela Corte.
Postulante da coligação “A Verdadeira Mudança”, Carlos Amastha revelou por meio da assessoria que os ministros Luiz Fux, presidente do TSE; e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, relator dos processos, defenderam uma solução conjunta para garantir a participação de todos devido a excepcionalidade da eleição suplementar, flexibilizando assim os prazos eleitorais. Segundo o grupo do pessebista, todos os candidatos aceitaram a proposta, exceto o senador Vicentinho Alves (PR).
Carlos Amastha elogiou a postura dos cinco adversários que aceitaram a proposta dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral e disparou contra o candidato republicano, que encabeça a coligação “A Vez dos Tocantinenses”. “Infelizmente, Vicentinho [Alves] tentou nos tirar da disputa, talvez com medo das urnas no domingo. Isso não foi postura de quem respeita o sufrágio e a democracia”, frisou o ex-prefeito de Palmas.
O pessebista aproveitou para reafirmar a confiança que tinha no deferimento da candidatura. “Nunca tive dúvidas. Jamais participaria de uma campanha que trouxesse mais instabilidade. Por unanimidade, liberado. Rumo à vitória no primeiro turno. Te amo, Tocantins”, destacou Amastha, que recebeu a informação de que o registro estava confirmado durante reunião na Capital com mulheres, comandada pela sua esposa, Glô Amastha, no Jardim Aureny II.
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Empolgado
Em uma transmissão ao vivo pelo Facebook e direto do Plenário do Tribunal, Márlon Reis também comentou a decisão da Corte. “Minha candidatura foi indevidamente questionada por pessoas que querem deixar o nosso projeto de emancipação política do Tocantins fora das urnas no dia 3 de junho. Mas não conseguiram. Por unanimidade, o TSE acaba de decidir que a força do 18, a força da Ficha Limpa seguirá rumo ao Palácio Araguaia”, afirmou.
Márlon Reis aproveitou para garantir que segue “empolgado e confiante” com a campanha. “Sou candidato mais do que nunca. Se estou em Brasília, neste momento aqui no TSE, podem ter certeza que amanhã cedo estarei em Palmas, pedindo voto e vamos continuar até o último minuto. Formamos uma grande família 18 que vai ganhar a eleição, sem interesses particulares. É uma família de transformação. É isso que estamos propondo para o Estado”, disse.
“Nas outras eleições não havia alternativa. Eram dois grupos de um mesmo tronco originário que se revezavam no poder e fizeram do Tocantins o que ele é hoje. Era uma terra de promessa e se transformou numa terra de problemas graves na saúde, na educação, na segurança pública. Problemas esses que iremos resolver, com o apoio dos profissionais do Tocantins. Temos o objetivo de levantar nosso Estado, de forma organizada, distribuição de renda, justiça social, com crescimento da produção, ao mesmo tempo respeitando o meio ambiente. Conto com você e com seu apoio”, encerrou o candidato do Rede Sustentabilidade.
Outros casos
Kátia Abreu também foi beneficiada, mas ainda não comentou sobre o assunto. No caso do Partido Socialismo e Liberdade, o ministro relator disse que Mário Lúcio Avelar (Psol) concorrerá sub judice porque não deu para concluir o voto sobre o candidato. Tarcísio Vieira também deixou para julgar nesta quarta-feira, 30, a candidatura a vice-governador Wanderlei Barbosa (PHS), da coligação “Governo de Atitude”, mas já garantiu que também será incluído no acordo.