Ex-prefeito de Palmas (2013 a 2018) e pré-candidato para as eleições de outubro, Carlos Amastha (PSB) foi às redes sociais neste domingo, 3, para se posicionar contra a ampliação do perímetro urbano e criação do distrito de Taquaruçu Grande. O debate é da iniciativa da Câmara de Vereadores, que já criou comissão sobre o tema e promoveu três debates com a comunidade desde julho do ano passado: uma reunião pública, uma audiência e uma sessão itinerante. A defesa da Casa de Leis é que a medida amplie a oferta de serviços públicos na região.
ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA EM VÉSPERA DE ELEIÇÃO
Carlos Amastha foi bastante crítico à proposta. O ex-prefeito questiona a necessidade de expansão do plano diretor – também pautada em 2011- e destaca ser possível garantir a regularidade das áreas sem recorrer a esta alternativa. “Falavam para as pessoas do Santo Amaro, que só se aprovasse essa expansão, poderia fazer a regularização fundiária. Mentira! Tanto que no começo de 2013 a gente já regularizou”, citou como exemplo. “Agora, gente, o ataque é outro. Querem acabar com o Taquaruçu Grande, querem fazer lotes aqui, querem cometer o crime que cometeram no Luzimangues. O que vocês acham que é isso? Especulação imobiliária em véspera de eleição e nós não vamos permitir isso”, complementou.
ILEGAL E INCONSTITUCIONAL
O pessebista garante que o posicionamento não se trata de “política” ou “populismo”, mas da “defesa da cidade”. “Não vamos permitir. Não porque a gente não quer, mas porque é ilegal, é inconstitucional, porque é criminoso contra a nossa cidade. Aqui está a nossa nascente, aqui está a nossa vida e isto tem que ser preservado”, pontuou. Carlos Amastha defende alternativas para o desenvolvimento da região. “Pode ter questão agrícola sustentável, pode ter agroturismo fortíssimo[…], dá para fazer um grande projeto de ecoturismo. Dá para receber dinheiro para não estragar as nossas coisas. Meio ambiente pode também ser um grande negócio”, argumentou.
PRESERVAÇÃO
O pré-candidato a prefeito defende um desenvolvimento planejado da região. “Nós precisamos entender que a nossa cidade depende da preservação dessas nascentes, desta área, e que a ocupação seja uma ocupação inteligente e focada no futuro da nossa cidade”, pontua. Carlos Amastha questiona os impactos futuros da ampliação do perímetro urbano de Taquaruçu Grande. “Vocês já imaginaram o que seriam milhares de lotes deste lado da estrada? No futuro, daqui a 30, 40 anos, alguém vai querer discutir por onde é que vai fazer o anel viário. Sabe por onde vai ter que ser? Por cima das serras, gente”, refletiu.
JÁ TEMOS ÁREAS DEMAIS
Por fim, Carlos Amastha afirma que atuará contra esta expansão. “Nós já temos um limite estabelecido do perímetro da nossa cidade. Temos áreas demais, vazias, para serem ocupadas. Então, não a especulação, não é ao crime contra o Taquaruçu Grande, não é a esse crime contra Palmas. Vamos estar firmes nessa luta, independente de qualquer coisa. Não tem a ver com política, não tem a ver com ideologia, não tem nada com nada. Tem a ver com Palmas, com a nossa cidade, que a gente vai defender até às últimas consequências”, encerra.
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