O presidente Jair Bolsonaro oficializou nesta terça-feira, 28, as nomeações de André Mendonça como ministro da Justiça e da Segurança Pública e de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. Os decretos estão no Diário Oficial da União, e os dois substituem, respectivamente, Sergio Moro e Maurício Valeixo. Advogado-geral da União desde o início do mandato de Bolsonaro, Mendonça tem 47 anos e também é pastor presbiteriano, já tendo sido cotado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Terrivelmente evangélico
O presidente já o definiu como “terrivelmente evangélico” ao comentar a hipótese de indicar um religioso ao STF. Já o delegado Ramagem, 48, era diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e é amigo dos filhos de Bolsonaro.
Interferência política
Moro pediu demissão do Ministério da Justiça após a exoneração de Valeixo da PF, acusando o presidente de tentar interferir politicamente na corporação por preocupação com inquéritos em curso no Supremo.
Colher informações
Além disso, afirmou que Bolsonaro queria alguém de sua confiança na Polícia Federal para quem pudesse ligar e “colher informações”. O presidente nega as acusações de Moro, que motivaram a abertura de um inquérito no STF.
Notícias falsas
O Supremo também já abriu investigações sobre a divulgação de notícias falsas contra ministros do tribunal e sobre a realização dos atos antidemocráticos pedindo intervenção militar.