O vereador Tiago Andrino (PSB) voltou a abrir fogo contra a ex-aliada de seu grupo, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB). Desta vez, o motivo é o atraso na entrega dos títulos da regularização fundiária de bairros na região sul da Capital. Segundo Andrino, o processo está finalizado desde 2017, quando Carlos Amastha (PSB) ainda era o prefeito, e centenas de famílias aguardam a regularização das suas propriedades. “Três anos se passaram para que essa entrega fosse realizada”, reclamou o parlamentar.
Motivação política e incompetência
Para o vereador, esse atraso “tem motivação política aliada à incompetência da gestão”, que durante o período “gastou com salários de alto escalão para uma secretaria sem produtividade”.
244 títulos entregues
No dia 30 de junho, Cinthia entregou 203 títulos referentes a imóveis no setor Santa Fé (36); Morada do Sol III (16); Sol Nascente (23); Vale do Sol (22); Taquaralto 1ª etapa (35); Taquaralto 2ª etapa (19); Taquaralto 4ª etapa (41) e Taquaralto 5ª etapa (11); e no dia 27 havia sido entregues outros 41 títulos a moradores do distrito de Buritirana, zona rural de Palmas.
Nomes da gestão Amastha
Conforme Andrino, os documentos que estão sendo entregues são “em número consideravelmente inferior” ao de títulos aprovados e ainda a informação é de que a prefeitura estaria entregando a certidão do imóvel ao invés do título, que é o documento de valor jurídico, “porque dele constam nomes da gestão anterior”.
Faltou apoio e vontade
Andrino disse que todo o trabalho de regularização fundiária foi feito sob a liderança do deputado estadual Ricardo Ayres (PSB), que comandou a Secretaria de Desenvolvimento Urbano por um ano na gestão Amastha, com o apoio da Câmara de Vereadores. “A prefeita optou por criar uma Secretaria Extraordinária, que passou o Jota Patrocínio, que, muito competente, saiu frustrado porque não conseguiu fazer nada, por falta de apoio da prefeita e falta de vontade política”, criticou Andrino.
Sem andamento
O parlamentar lembrou que foi aprovada pela Câmara e sancionada por Amastha em 2017 a regularização de outras áreas da Capital, como o Jardim Taquari, Irmã Dulce, União Sul, Taquaruçu 2ª etapa, Lago Norte, Setor Vista Alegre e Belo Horizonte, Loteamento Jardim Canaã e Loteamento Santa Fé, Chácara Taquaruçu 1ª etapa (Distrito de Taquaruçu), Gleba Tiúba, Machado Oeste e Saramandaia. No entanto, disse Andrino, mesmo com a criação da Secretaria Especial de Regularização Fundiária, através de Medida Provisória, a prefeitura não deu andamento aos processos.