Indicado ao Senado Federal oficialmente nesta quinta-feira, 2, pelo Partido dos Trabalhadores, o deputado estadual Paulo Mourão (PT) defendeu durante o evento a abertura de diálogo com os sindicatos para discutir sobre a situação financeira do Tocantins. O parlamentar quer que o Palácio Araguaia torne-se um centro administrativo de discussão de ações progressistas para o desenvolvimento do Estado.
“Não deixemos de acreditar em nós mesmos. Só faremos a mudança se formos às ruas de forma ordeira e responsável, mas acima de tudo com capacidade de enfrentamento no campo das ideias porque são elas que vão carregar este Estado ao topo do desenvolvimento e ao respeito a todos os homens e mulheres que aqui vivem”, disse Mourão. “Está nas nossas mãos esta capacidade de luta e vamos fazer com que todos se associem a este sentimento”, completou.
Durante o momento reservado a análise de conjuntura, o pré-candidato ao Senado lembrou que o Tocantins tem, historicamente, uma forma de fazer política que prejudica o trabalhador e a trabalhadora. “Por isso eu creio que um dos primeiros movimentos a chamarmos para a discussão são os sindicatos dos trabalhadores para debater a situação financeira e econômica do Estado”, avaliou Mourão.
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Paulo Mourão ponderou que o Palácio Araguaia precisa se tornar um centro administrativo de discussão de ações progressistas para o desenvolvimento do Estado. “Para fazermos isso é preciso recompor os sonhos e as esperanças, é preciso nós fazermos as pessoas compreenderem que é possível fazer essa mudança, e que seja feita no sentimento do amor, da disposição de grupo, de compartilhamento, porque se esse país não está dando certo é porque todos esses sentimentos foram engavetados. Já não se acredita mais no Brasil, não se acredita mais nas potencialidades do Tocantins”, alertou.
“O Tocantins foi criado sobre a égide de um pensamento de um estado moderno e que desse oportunidades iguais para todos e precisamos acabar com a exclusão, o desemprego e a desesperança que vemos nos olhos das pessoas”, acrescentou o deputado estadual-
De acordo com Mourão, para mudar o cenário tocantinense, é necessário que o sentimento de mudança ultrapasse as “paredes do PT”. “Esse sentimento, esse sonho precisa sacudir as ruas, trepidar o coração das pessoas que precisam entender que é cada um e cada uma que fará a mudança no Tocantins e transformá-lo em um estado justo, fraterno e igualitário, mas acima de tudo desenvolvido, com capilaridade, transparência e respeito social”, disse.
Lula
Em uma reflexão, Mourão defendeu que avanços sociais alcançados no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) correm risco de retrocesso. O deputado lembrou o reconhecimento dos povos quilombolas, os indígenas e diversas outros grupos sociais considerados vulneráveis nos governos petistas e destacou a política econômica de desenvolvimento com a criação dos BRICS – acrônimo que se refere ao grupo de países: Brasil, Rússia, Índia e China – como forma de desenvolvimento e empoderamento da classe trabalhadora.
“Isso foi uma das coisas que mais apavorou o mundo quando o Lula deu a ideia. Os estímulos à modernização dos países membros para enfrentar as divergências comerciais existentes no mundo e foi isso que fizeram: competir com a Europa com os Estados Unidos”, explicou Mourão ao ressaltar que com a formação do grupo político de cooperação, que previa inclusive a criação de uma moeda única, o Brasil passou a ser não coadjuvante mas ator principal do processo econômico. “E o Lula está preso é por isso”, lamentou.
Sem provas concretas no processo que condenou o ex-presidente Lula, Mourão ressaltou que “até agora não provaram nada do presidente Lula, vasculharam a vida dele de cima a baixo e todos os seus parentes, e até agora não encontraram uma moeda que tenha sido feita como prova do processo”. O ex-presidente petista foi preso no âmbito da Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Por fim, Mourão relatou ver a necessidade de fomentar o entendimento entre a sociedade para buscar o esclarecimento dos porquês que hoje a saúde não funciona, as escolas não melhoram a qualidade de ensino e porque a agricultura familiar não tem apoio. “Ao tomarmos as ruas vamos compreender se as pessoas estão satisfeitas com o que está posto ou se não. E se a pessoa quer mudança, só existe uma opção neste estado, só existe uma opção no nosso país”, finalizou.