A Câmara Federal optou por manter nesta quarta-feira, 10, a prisão em flagrante e sem fiança do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. A Casa tem a prerrogativa de analisar detenções preventivas contra parlamentares. O placar para manter o colega na prisão foi de 277 votos favoráveis, apenas 20 votos a mais do que o necessário para atingir a maioria absoluta exigida nestes casos. Houveram 129 contrários, 28 abstenções, além de 78 faltantes.
TOCANTINS VOTA EM PESO PELA LIBERDADE DE BRAZÃO
Dos deputados tocantinenses, apenas Ricardo Ayres (Republicanos) e Alexandre Guimarães (MDB) votaram pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. Por outro lado, Antônio Andrade (Republicanos), Carlos Gaguim (UB), Eli Borges (PL), Filipe Martins (PL) e Vicentinho Júnior (Progressistas) defenderam a soltura do mandante do assassinato de Marielle Franco, conforme aponta investigação da Polícia Federal. Com este placar, a bancada do Tocantins – empatada com a de Mato Grosso – tem a maior proporção de votos contrários à detenção de Chiquinho Brazão, com 62,5%. Já Lázaro Botelho (Progressistas) se absteve, postura que é considerada favorável ao réu, já que dificulta a obtenção da maioria absoluta necessária, de 257 votos.
Veja abaixo a proporção de votos pela soltura de Chiquinho Brazão por bancada:
- Acre: 25% (4 votos pela manutenção da prisão, 2 contrários e duas ausências)
- Alagoas: 33,33% (5 pela prisão, 3 pela soltura) – Membro da bancada, presidente da Casa não vota.
- Amazonas: 25% (4 pela prisão, 2 pela soltura e 2 ausências)
- Amapá: 25% (5 pela prisão, 2 pela soltura e 1 abstenção)
- Bahia: 12.82% (24 pela prisão, 5 pela soltura, 4 abstenções e 6 ausências)
- Ceará: 22,73% (11 pela prisão, 5 pela soltura, 2 abstenções e 4 ausências)
- Distrito Federal: 25% (2 pela prisão, 2 pela soltura, 1 abstenção e três ausências)
- Espírito Santo: 40% (5 pela prisão, 4 pela soltura e uma ausência)
- Goiás: 23,53% (6 pela prisão, 4 pela soltura, 2 abstenções e 5 ausências)
- Maranhão: 16,67% (13 pela prisão, 3 pela soltura e duas ausências)
- Minas Gerais: 28.32% (23 pela prisão, 15 pela soltura, 1 abstenção e 14 ausências)
- Mato Grosso do Sul: 37,5% (5 pela prisão, 3 pela soltura)
- Mato Grosso: 62,5% (3 pela prisão, 5 pela soltura)
- Pará: 17,65% (11 pela manutenção, 3 pela soltura, uma abstenção e 2 ausentes)
- Paraíba: 16,67% (5 pela prisão, 2 pela soltura, uma abstenção e quatro ausências)
- Pernambuco: 16% (15 pela prisão, 4 pela soltura, duas abstenções e quatro ausências)
- Piauí: 10% (6 pela prisão, um pela soltura, uma abstenção e duas ausências)
- Paraná: 13,3% (20 pela prisão, 4 pela soltura, três abstenções e três ausências)
- Rio de Janeiro: 39,13% (18 pela prisão, 18 pela soltura, três abstenções e sete ausências)
- Rio Grande do Norte: 37,5% (4 pela prisão, 3 pela soltura e uma abstenção)
- Rondônia: 25% (6 pela prisão e 2 pela soltura)
- Roraima: 25% (3 pela prisão, 2 pela soltura e 3 ausências)
- Rio Grande do Sul: 29,03% (20 pela prisão, 9 pela soltura e duas ausências)
- Santa Catarina: 50% (7 pela prisão, 8 pela soltura e uma ausência)
- Sergipe: 0% (3 pela prisão, nenhum pela soltura, duas abstenções e três ausências)
- São Paulo: 18,57% (47 pela prisão, 13 pela soltura, duas abstenções e oito ausências)
- Tocantins: 62,5% (2 pela prisão, 5 pela soltura e uma abstenção)