O candidato da coligação “Governo de Atitude”, Mauro Carlesse (PHS), ao receber o apoio do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, na tarde desse sábado, 5, não poupou elogios ao novo aliado. “Eu quero ser Ronaldo Dimas no Estado”, afirmou, numa referência à gestão do prefeito, com grande aprovação na cidade.
“Dimas é um exemplo para mim, já que tenho pouco tempo na gestão pública, então, eu quero ser Ronaldo Dimas no Estado, porque aqui é um canteiro de obras, aqui não tem mentiras, não tem pintura, aqui tem obras”, afirmou Carlesse, no que pareceu uma alfinetada no ex-prefeito de Palmas e também candidato a governador Carlos Amastha (PSB), a quem os adversários acusam de ter mais adornado a Capital do que construído obras estruturantes.
Para o governador interino, o Estado precisa “de homens que tenham esse compromisso e que realmente façam e não fiquem só nas mídias, inventando história”. “Está aí a prova, é só visitar Araguaína para ver o tanto de obras que esse município tem”, recomendou Carlesse.
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Sobre a reunião das correntes
Ele avaliou que a união das principais forças políticas de Araguaína em torno de sua candidatura a governador mostra que os parlamentares e o prefeito “querem mudar o Estado”. “As diferenças políticas são regionais, mas isso deve ser superado pelos interesses maiores do Estado. Se um puxa para lá e outro para cá, quem paga a conta é o povo”, afirmou o governador.
Ao lado de Dimas, na coletiva do Hotel Relicário, estavam seus principais adversários políticos na cidade: os deputados estaduais Valderez Castelo Branco (PP) e Olyntho Neto (PSDB), os deputados federais Lázaro Botelho (PP) e César Halum (PRB); e também o ex-prefeito e oponente ainda da eleição de 2008, Valuar Barros.
Estabilidade
Carlesse defendeu que o momento é de estabilidade. “Temos que dar estabilidade ao Estado, diante das condições financeiras que estamos atravessando. Para isso, a união dos parlamentares e dos prefeitos é muito importante”, disse.
Para o governador interino, o Tocantins hoje vive “uma calamidade se pensar principalmente na saúde”. “Então, a gente está colocando as coisas em dia, como as pendências do Estado com os municípios, e tem muita coisa. Só de ICMS tem mais de R$ 100 milhões, para vocês terem ideia. Isso deixou de ir para os municípios, para a população”, afirmou.
Ele avaliou que os prefeitos “estão vivendo uma situação muito difícil”. “Não podem atender a população, porque o Estado não paga e ficam impedidos de investir”, explicou.
Por isso, Carlesse defendeu que é hora de dar estabilidade ao Estado. “Precisamos fazer com que os municípios entendam que é hora da mudança. Sou municipalista, quero fazer com que o município não tenha intermediário, mas um relacionamento direto com governo, porque só assim as coisas vão começar a mudar”, defendeu. “Junto com os municípios, prefeitos e vereadores é que o governo vai administrar este Estado daqui para frente”, garantiu.