Em meio ao polêmico bloqueio de R$ 1,1 bilhão do orçamento do Ministério da Educação (MEC) feito no fim de setembro pelo governo federal, a senadora eleita no pleito de domingo, 2, Dorinha Seabra (UB) afirmou nesta quinta-feira, 6, que permanecerá contrária aos cortes na área, independente da gestão, assim como fez durante todos os três mandatos como deputada federal. “Ao longo da minha atuação, nunca me furtei em defender a educação do meu País desde o governo do Partido dos Trabalhadores, que também houve milhões de cortes no orçamento e sempre me posicionei contrária”, citou a política, que já manifestou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa o pleito contra Lula da Silva (PT).
CONVOCAR MINISTROS
Apesar do apoio, Dorinha Seabra afirma que também irá protestar contra os cortes. “Não será diferente. A minha defesa é desde secretária de Educação por quase dez anos, como também na presidência do Conselho Nacional de Secretários da Educação, (CONSED), bem como, contrária aos cortes no governo Lula, Dilma [Rousseff, PT], [Michel] Temer [MDB] e Bolsonaro, que, inclusive, fiz vários enfrentamentos em defesa da garantia do Fundeb na Constituição Federal e pela garantia do Piso dos Professores. Vamos convocar o ministro Victor Godoy, da Educação, e o ministro Paulo Guedes, da Economia”, declarou.
EDUCAÇÃO SEMPRE FOI MINHA PRINCIPAL BANDEIRA
Dorinha Seabra ainda reafirmou também que sempre atuou e lutou pela educação, citando como prova disso é a defesa dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para Educação. “Fui responsável, inclusive, por várias mudanças no Plano Nacional de Educação (PNE), de igual forma como ocorreu no período do Presidente Temer, quando fui contrária ao teto de gastos, sendo a única do Estado e da Bancada a defender a Educação”, destacou a também relatora do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “Sempre me posicionei contrária aos cortes. Nós vamos apresentar as convocações dos ministros. A educação sempre foi a minha principal bandeira e continuará sendo independente do Governo que esteja”, finalizou.