O deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos) resolveu alertar a Câmara nesta quinta-feira, 7, possíveis novas fraudes relacionadas ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) para além dos R$ 6,3 bilhões de descontos não autorizados de aposentadorias entre 2019 e 2024, apontados pela Operação Sem Desconto. Conforme o tocantinense, é possível que irregularidades se estendem também aos empréstimos consignados.
FORTES INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES
Ricardo Ayres compartilhou a preocupação nas redes sociais. “E não para por aí [na Operação Sem Desconto]. Há fortes indícios de irregularidades também nos empréstimos consignados. Há beneficiários com até 11 contratos ativos no mesmo contracheque — muitos deles refinanciamentos feitos sem consentimento, que aumentam a dívida e os juros, favorecendo os bancos e financeiras”, pontuou o deputado, que ilustra: “Só em 2023, mais de 35 mil reclamações chegaram ao TCU [Tribunal de Contas da União] sobre renovações indevidas. No mesmo ano, o INSS liberou R$ 89,5 bilhões em crédito.
RELAÇÕES INCESTUOSA
No Plenário da Câmara, o congressista tocantinense também abordou o assunto. “É importante expressar outra preocupação. É a operação casada do consignado para os beneficiários do BPC [Benefício de Prestação Continuada] e aqueles que recebem dinheiro do INSS com a atuação destas associações que recebiam junto com os bancos a autorização necessária para que os descontos acontecessem. Precisamos avaliar toda esta conjuntura para que possamos fazer com que este dinheiro seja devolvido. Não podemos deixar de analisar esta relação incestuosa: bancos, consignados, com associações”, afirmou.
MPF SERÁ ACIONADO
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Benefício de Prestação Continuada (BPC), Ricardo Ayres afirmou que é preciso ampliar o foco das investigações para apurar também possíveis irregularidades nos empréstimos consignados concedidos a beneficiários do INSS. O tocantinense anunciou que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) para que seja aberta uma investigação sobre o caso.
Confira o pronunciamento do deputado Ricardo Ayres: