O secretário da Saúde de Palmas, Thiago de Paulo Marconi, não deixou sem respostas os questionamentos levantados pelo promotor Thiago Ribeiro de Franco Vilela na audiência pública desta terça-feira, 8, da prestação de contas da pasta referente ao 3º quadrimestre do ano passado. Assim como os vereadores da base, o gestor pontuou que o problema das estruturas foi o principal ponto debatido, o que mostra que “o trabalho está sendo feito” pelo município, visto que o número de atendimentos tem aumentado e pelo fato de não haver registros de falta de medicamentos.
PROCESSO PARA REFORMA DE 30 UNIDADES ESTÁ EM FASE FINAL
Thiago Marconi admitiu os problemas estruturais nas unidades de saúde da Capital e argumentou que o Poder Executivo tinha projetado as respectivas correções, mas a Covid-19 atrapalhou o planejamento não apenas com a pandemia exigindo a maioria dos recursos, bem como a própria desistência de empresas devido ao cenário. “Iniciaram e não concretizaram. Estão sendo responsabilizadas”, ressaltou. Entretanto, o secretário garantiu que o processo para a reforma de pelo menos 30 unidades está “em fase final”, com projeção de assinar contrato “até semana que vem”. Conforme o gestor, o investimento será de cerca de R$ 20 milhões. “Assinando, a ordem de serviço é imediata”, avisou.
COMPREENSÃO DA POPULAÇÃO
O secretário confirmou para o promotor que tanto as unidades de Buritirama e da 603 Norte estão na lista para receber obras, detalhando mais a situação da segunda. “Começamos a fazer a transição. Já temos uma vistoria da Defesa Civil. Parte do prédio está condenada, não é todo. A parte mais nova deve ser mantida. A população não quer que seja retirada do local. A reforma é um pouco conturbada. Alguns serviços serão mesmo repassados enquanto fazemos a reforma. A gente pede a compreensão”, afirmou. Thiago Marconi esclarece que o município trabalha na locação de consultórios móveis para reduzir os impactos das obras no atendimento ao público.
HOSPITAL MUNICIPAL
Em relação ao hospital municipal, Thiago Marconi garantiu que a pauta está sendo alvo de intenso debate entre o Paço e o Palácio Araguaia. “Está na pauta. A gente não abre mão. Temos pensado junto com o Estado para ver qual seria a possibilidade. Estamos trabalhando a questão da ortopedia”, pontuou o secretário, que disse entender a postura do promotor. “A gente respeita muito a opinião do senhor. O Ministério Público tem as portas abertas. Tem acompanhar mesmo”, chegou a afirmar.
NÚMEROS
Na apresentação do relatório do 3º quadrimestre de 2022, a Semus informa que teve uma receita de R$ 187,3 milhões no período, enquanto as despesas liquidadas foram cerca de R$ 145 milhões. Thiago Marconi destacou que 77,82% das receitas foram de origem municipal, algo em torno de R$ 145,8 milhões. Já as receitas federais foram 20,8%, R$ 38,9 milhões, enquanto as transferências de origem estadual totalizaram 1,37% da receita, ou seja, R$ 2,5 milhões. O secretário também apresentou os números referentes a todo o ano passado. “Fazendo um resumo, as receitas totais foram de R$ 376,5 milhões e as despesas executadas foram de 374,8 milhões, ou seja, 99,57% do orçamento da Saúde foram executados no ano passado”, detalhou.
Confira a íntegra da audiência pública: