Pré-candidato a governador do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha fechou a composição da chapa majoritária para as eleições de outubro deste ano. O senador Vicentinho Alves (PR) ficou com uma vaga para tentar se reeleger. Tucanos fecham o grupo. O empresário Oswaldo Stival Júnior (PSDB) ficará com a vaga de vice-governador, enquanto o senador Ataídes Oliveira (PSDB) também buscará a reeleição ao lado do republicano.
De acordo com a assessoria, a aliança foi formalizada após uma “série de reuniões”. A oficialização deste acordo ocorrerá no dia 5 de agosto, quando serão realizadas as convenções dos partidos, ambas marcadas no Espaço Cultural. Juntos, Vicentinho Alves e Carlos Amastha receberam no 250.861 votos no primeiro turno da eleição suplementar para governador. O ex-prefeito ficou na terceira colocação, enquanto o republicano garantiu vaga no segundo turno, mas saiu derrotado.
Amastha comentou que a aliança fortalece o projeto pelo Palácio Araguaia. “Não só em capilaridade eleitoral, mas em ações voltadas ao desenvolvimento do Estado”, avaliou. O ex-prefeito aproveitou para minimizar atritos que teve com o republicano. “Não há como negar que Vicentinho Alves como deputado e senador é um dos que mais trouxe recursos em obras e serviços para o Tocantins. E nossa divergência política era apenas esta, ou seja, Palmas deveria ter sido contemplada com mais recursos”, completou.
A aproximação entre Carlos Amastha e Vicentinho Alves ficou clara após evento de lançamento da pré-candidatura à reeleição do senador. O evento contou com a presença de um dos principais articuladores de Carlos Amastha e presidente do Podemos, Adir Gentil. Apesar de na época não confirmar a composição, o republicano deu pistas ao afirmar que seria “vizinho” do PSB no dia da convenção partidária.
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Tucanos
Os demais membros da chapa majoritária também foram exaltados por Amastha. “Ataídes tem feito trabalho importante, por exemplo, ao viabilizar verba para construção de casas populares e grande atuação à frente de diversas CPIs, uma delas a dos cartões de crédito que já trouxe benefícios a todos os brasileiros. Sem contar o nosso vice, Stival, homem respeitado no meio empresarial e industrial que sabe das necessidades dos setores e que vai colaborar muito com a implementação de políticas públicas voltadas ao emprego e renda”, comentou.
O ex-prefeito de Palmas ressaltou que a junção do trabalho de todos os integrantes da chapa trará benefícios ao Tocantins. “São dois excelentes parlamentares e um candidato a vice que conhece como ninguém a questão do desenvolvimento econômico. Nos orgulha o fato deles serem unânimes em manifestar o apoio com tanta firmeza ao nosso projeto por considerá-lo como o único projeto político e de gestão que resolverá os problemas do Estado”, acrescentou.
Amastha reafirmou que a meta é levar ao Estado o exemplo dos cinco anos de gestão em Palmas. “Caso nos confie o voto e nos garanta a honra de vencer em outubro, o tocantinense saberá que terá a união de um modelo de gestão eficaz e com resultados como fizemos em Palmas com dois parlamentares que trabalharão e muito mais em parceria com o Estado para trazer verbas e benefícios ao Tocantins”, declarou.
PT pode trazer instabilidade
Carlos Amastha teve o Partido dos Trabalhadores com a vaga de vice-governador na eleição suplementar de junho. O ex-prefeito ainda dialogava com a sigla, mesmo após ter anunciado aliança com o PSDB, com quem os petistas não podem coligar por uma resolução da executiva regional. Depois das especulações iniciais de que ficaria com Vicentinho, Amastha chegou a dizer ao presidente regional do PT, deputado estadual José Roberto, que garantiria a vaga ao partido.
Na quinta-feira, 19, o ex-prefeito conversou com o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB), que teria intercedido em favor de Vicentinho.
Ao anunciar o fechamento da chapa majoritária para o pleito de outubro, o pessebista fez questão de agradecer aos ex-aliados petistas.
“Agradecemos muito aos companheiros do PT que foram aguerridos, se empenharam muito. Tivemos um relacionamento muito bom com os dirigentes, como, por exemplo, com o deputado Zé Roberto, o Célio Moura, o nosso vice na suplementar, o deputado Paulo Mourão. Mas fatos como as deliberações da nacional do partido poderiam trazer instabilidade e problemas para ambos na chapa”, finalizou Amastha.