Os vereadores Enison Nunes (Podemos), Lamarck Pimentel (Podemos) e Roberlan Cokim (Podemos) estiveram reunidos neste domingo, 27, para discutir a implementação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o prefeito de Tocantinópolis, Paulo Gomes (PSD). O objeto será a Operação Colinas de Rocha, da Polícia Federal, deflagrada em julho para desarticular grupo criminoso suspeito de praticar crimes de corrupção e fraude a licitações que envolvem R$ 4 milhões em contratos.
OPOSIÇÃO É MINORIA, MAS BANCADA ESTÁ CONFIANTE
A oposição soma apenas três das 11 cadeiras da Câmara de Tocantinópolis, mas o grupo afirmou em material enviado à imprensa que está confiante de que conseguirá angariar mais um voto para chegar aos quatro necessários para a instalação de uma CPI. No texto distribuído, os parlamentares provocam, ressaltando que necessitam de “pelo menos um membro da base governista com a decência e coragem de votar a favor da investigação”.
PAPEL DO VEREADOR NÃO É PARA BLINDAR PREFEITO
Lamarck Pimentel defende que a Câmara deve prestar contas à população e não pode se omitir diante de uma investigação conduzida pela Polícia Federal que envolve questões de gestão de recursos substanciais. Enison Nunes defende que a CPI é um instrumento essencial para trazer clareza ao episódio. Pré-candidato do Podemos, Roberlan Cokim cobra ser este o momento da Casa de Leis “mostrar comprometimento com o povo”. “Os vereadores, independentemente de suas afiliações políticas, foram eleitos para salvaguardar os interesses da comunidade, não para blindar o prefeito”, emendou.
ELEIÇÕES TAMBÉM NA PAUTA
Além dos planos para a CPI, os vereadores admitiram que aproveitaram a reunião para dar os primeiros passos em direção ao processo eleitoral do próximo ano. Agendas foram definidas para reuniões ao longo da semana com líderes partidários interessados em concorrer e lançar candidatos em 2024.