O vereador Carlos Amastha (PSB) foi à Tribuna da Câmara de Palmas nesta terça-feira, 1º, para anunciar ter retirado o pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte público, em especial a medida adotada pela gestão de Cinthia Ribeiro (PSDB) de assumir a prestação do serviço. A decisão do socialista atende a uma solicitação do prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos).
BRINCADEIRA DE 1º DE ABRIL
Carlos Amastha começou o discurso para sugerir que a Comissão Parlamentar de Inquérito já tinha sido instalada e que ficaria como relator dos trabalhos. A fala na verdade era uma provocação de 1º de abril – considerado o Dia da Mentira. A reação do vereador Folha Filho (PSDB) gerou risadas do socialista. “Desculpe pela brincadeira. Não vai ter CPI. O prefeito [Eduardo Siqueira Campos, Podemos] me pediu para que não fizesse isto neste momento porque poderia atrapalhar a relação do Legislativo e um pouco a gestão”, revelou.
CPI PODERIA ACABAR EM PIZZA. ALTERNATIVA É OS ÓRGÃOS DE CONTROLE
Apesar da decisão, Carlos Amastha reforça que não desistiu do tema. A alternativa será acionar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da União (TCU), o Ministério Público Federal (MPF) e do Tocantins (MPE), e a Polícia Federal (PF). “Isto significa que agora, mais do que nunca, a gente vai atrás dos culpados. Evidentemente uma CPI poderia ter mecanismos de pessoas atrapalharem e eventualmente terminar em pizza. E o que vamos fazer não. A gente vai para cima dos órgãos de controle para encurtar esta fase. Ao invés de fazer uma comissão, vamos direto às autoridades”, pontuou.
NÃO PODEMOS DEIXAR O PREFEITO EM UMA SITUAÇÃO DIFÍCIL
O vereador Folha Filho (PSDB) concordou com a decisão de abrir mão desta investigação como uma forma de dar “tranquilidade” ao Paço. “O que não podemos fazer neste momento é deixar o prefeito em uma situação difícil. Esta questão do transporte tem que acabar porque nenhum empresário do Brasil inteiro vai chegar para investir R$ 200 milhões, R$ 300 milhões, R$ 500 milhões, R$ 1 bilhão, com o Poder Legislativo propondo CPI. Não vai fazer isto porque não tem segurança jurídica”, argumentou.
TIRAR DA CÂMARA A PRESSÃO
Carlos Amastha chegou a rebater que “um empresário sério” faria sim estes investimentos com uma CPI correndo na Casa de Leis, mas reforçou que a decisão de abrir mão da instalação ´´é definitiva. “Está superado. Não tem CPI. A pedido do prefeito, a gente está retirando o pedido. Agora, a denúncia dos crimes cometidos pela gestão anterior, isto não. Faz parte da minha obrigação. Vamos tirar desta Câmara esta pressão e vamos direto nos órgãos. Vamos ver o que a Polícia Federal tem para falar”, encerrou.
Confira o pronunciamento: