O pré-candidato a governador da Rede, Márlon Reis, divulgou nesta terça-feira, 24, uma carta para falar sobre as possíveis composições para outubro. No texto, o advogado afirma que qualquer aliança deverá aderir aos princípios defendidos no plano de governo e ao “forte combate à corrupção”. A manifestação surge após a repercussão da abertura de diálogo com os deputados federais Irajá Abreu (PSD), quer senador na chapa, e Josi Nunes (Pros) e com o Partido Verde (PV).
Surpresa da eleição suplementar de junho, Márlon Reis encerrou o primeiro turno do pleito com 56.952 votos, o equivalente 9,91% dos válidos; isto com uma candidatura de chapa pura e com menos de 10 segundos de programa eleitoral. Com o cenário alterado e menos pré-candidatos colocados para outubro, o advogado virou uma alternativa atrativa para partidos que buscam uma vaga na majoritária e a montagem de coligações competitivas para os cargos proporcionais.
Na carta, o assediado Márlon Reis fala que a crise pela qual passa o Tocantins o motivou a deixar a magistratura no Maranhão para concorrer ao governo do Estado. Neste sentido, o pré-candidato reforça que projeto é sustentado por “pilares sólidos” já apresentados no pleito suplementar, citando o combate a corrupção, planejamento, eficiência e o Poder Público como “propulsor de desenvolvimento”.
“Todos esses preceitos são essenciais e inabaláveis para mim. Portanto, cada um deles será levado em consideração no momento das composições partidárias para a eleição de outubro. As alianças serão construídas com pessoas e partidos que comungarem desses propósitos e que também queiram promover essa grande guinada que o Tocantins precisa e espera”, garantiu Márlon Reis, que voltou a afirmar que não fará aliança com famílias que “já governaram o Tocantins”.
Apesar de vetar os políticos que já administraram o Tocantins, Márlon Reis disse respeitar a biografia deles. Isto sem citar nomes. “Não faremos aliança com famílias políticas que já governaram o Tocantins. Reforço que respeitamos a história de cada um deles, mas entendemos que chegou a hora de fechar um ciclo político no Estado e dar início a um novo momento para o Tocantins”, afirmou o advogado, que voltou a ressaltar que composições deverão seguir os “princípios” do Rede.
“Conclamo os tocantinenses, sem qualquer distinção, que acreditam que é possível escrever uma nova história para o Tocantins. Deixemos diferenças pessoais no passado, agora é hora de começar a realizar o nosso sonho de construir uma nova fase na história do Tocantins”, encerra.
Leia abaixo a íntegra da carta de Márlon Reis:
“CARTA POR UM NOVO TOCANTINS
Minha pré-candidatura nasceu do sonho de mudar a história do Tocantins. Encerrar uma fase e construir um novo começo.
Não digo isso desrespeitando o passado, pois reconheço grande parte do que foi feito até aqui. A verdade é que chegou a hora de mudar, de recomeçar.
O Tocantins vive hoje a maior crise de sua história. E não faço menção apenas à séria crise administrativa pela qual passa o Governo do Estado, com problemas em todos os setores, gerados pela ausência absoluta de responsabilidade com a gestão pública. A crise pela qual o Tocantins passa é muito maior. É uma crise moral, ética, de valorização do ser humano e de respeito ao dinheiro público. O Tocantins chegou ao fundo do poço e precisamos, todos, dar nossa contribuição para reerguer nosso estado.
Foi isso que me motivou a deixar uma carreira de mais de 20 anos na magistratura para concorrer ao Governo do Tocantins. Foi esse espírito cívico de reunificar nosso Estado que me motiva a sustentar esse propósito de reconstruir o Tocantins e leva-lo de volta ao protagonismo que ele merece exercer no país.
Assim como tudo em minha vida, o sonho de governar o Tocantins é sustentado por pilares sólidos que já foram apresentados ao povo tocantinense durante a campanha suplementar passada. Pilares firmes, forjados desde minha infância, no seio da família e que me fizeram o homem que sou hoje. Nada nem ninguém irão abalá-los.
Entro em um novo processo eleitoral com meus valores éticos reforçados, pois vi nos olhos do povo a carência e a esperança por alguém com essa postura.
O combate à corrupção continuará sendo uma obsessão para mim. Esse é um câncer que vem levando o Tocantins à miséria administrativa e moral, que causa a falência da instituição pública e da sociedade. A honestidade não pode ser tratada como um elogio para o homem público e sim um princípio irrefutável de conduta.
Defendo uma maneira moderna de administrar a máquina pública, com base na alta eficiência de desempenho em todos os setores, amparada por um planejamento zeloso, o cuidado incessante com o que é público e a valorização das pessoas.
Acredito no Estado necessário, que é a maneira de entender o papel do setor público como um propulsor de desenvolvimento, fortalecendo e estimulando o setor privado para que gere emprego, renda e seja o motor da economia, reduzindo a máquina pública ao tamanho ideal para o bom funcionamento dos serviços do Estado à população.
Todos esses preceitos são essenciais e inabaláveis para mim. Portanto, cada um deles será levado em consideração no momento das composições partidárias para a eleição de outubro.
Não abrimos mão da construção do melhor plano de governo para o Tocantins e as composições partidárias seguirão esse princípio, assim como o forte combate à corrupção. Também não faremos aliança com famílias políticas que já governaram o Tocantins. Reforço que respeitamos a história de cada um deles, mas entendemos que chegou a hora de fechar um ciclo político no Estado e dar início a um novo momento para o Tocantins.
As alianças serão construídas com pessoas e partidos que comungarem desses propósitos e que também queiram promover essa grande guinada que o Tocantins precisa e espera.
Conclamo os tocantinenses, sem qualquer distinção, que acreditam que é possível escrever uma nova história para o Tocantins. Deixemos diferenças pessoais no passado, agora é hora de começar a realizar o nosso sonho de construir uma nova fase na história do Tocantins.
Márlon Reis
Pré-candidato ao Governo do Estado do Tocantins”