Caros palmenses,
Há a expectativa de que o ministro do STF Cristiano Zanin possa decidir até esta quinta-feira sobre o recurso do prefeito Eduardo Siqueira Campos, que tenta revogar sua prisão domiciliar e voltar ao comando da Capital. Às vésperas dessa decisão, contudo, fomos surpreendidos com uma reportagem claramente plantada num importante jornal de Curitiba sem qualquer novidade. Simplesmente um apanhado histórico da Operação Sisamnes, no âmbito da qual Eduardo foi preso no dia 27.
O texto aproveita-se do histórico do caso para, lá pelas tantas, jogar o nome do prefeito de Palmas. Conforme a reportagem, “fontes ligadas à investigação” dizem que “estão sendo cogitadas” buscas e apreensões no STJ, alvo da operação que apura vazamento de informações dessa Corte. Tudo assim, altamente especulativo, “fontes ligadas”, “cogitadas”, etc. Claramente uma matéria plantada às vésperas da manifestação da Procuradoria Geral da República e da decisão do ministro Zanin sobre o recurso de Eduardo.
A intenção é confundir a opinião pública e gerar pressão sobre PGR e Zanin com uma suposta apreensão social sobre os rumos da operação. Esse clamor popular que tentam vender é uma realidade, porém, no sentido contrário àquele que sugerem. Como mostra a reação nas redes sociais e rodas de conversas, existe, sim, uma perplexidade da sociedade palmense, mas é com o afastamento de um prefeito democraticamente eleito, sobre cuja gestão não pesam denúncias de crimes, e atropelando a soberania popular, sem que se diga o motivo. Por mero fuxico que faz parte da rotina do tocantinense com seu esporte favorito, que é falar de fictícios afastamentos de governador, diante do enorme rol de casos que acumulamos no Estado desde 2009. Fora isso, como já afirmei, o que existe naquela decisão é pura adjetivação. Fatos, nenhum.
Assim, surgem duas perguntas. A primeira: a quem interessa plantar uma reportagem sem qualquer fato novo para confundir a opinião pública e pressionar autoridades judiciárias? A segunda: quem tem enorme trânsito no Paraná para emplacar esse “cozido” num importante jornal de Curitiba?
No entanto, senhoras e senhores, os mentores intelectuais dessa tramoia fracassarão nos dois intentos: dificilmente conseguirão aplacar a indignação popular com uma decisão que jogou Palmas na maior crise política de sua história e é muito pouco provável que uma matéria sem qualquer consistência, sem fato novo, mero histórico, consiga dobrar procuradores e um ministro experientes e calejados com esse tipo de trapaça.
Saudações democráticas,
CT