O presidente Jair Bolsonaro iniciou formalmente sua visita de Estado à Rússia nesta quarta-feira, 16, com uma visita ao Túmulo do Soldado Desconhecido, em Moscou. O monumento homenageia todos os soviéticos que morreram lutando contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial e é um dos símbolos da então União Soviética, grupo países socialistas que foi dissolvido em 1991.
No local, foi depositada uma coroa de flores em nome de todos os brasileiros, mas não houve discurso. Ainda nesta quarta, Bolsonaro se reunirá com o presidente do país, Vladimir Putin, e com empresários locais.
Também nesta quarta, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, se reuniu com seu homólogo, Sergei Lavrov. Em coletiva após o encontro, o chanceler informou que foi fechado um acordo de segurança sobre informações classificadas, além de pactos nas áreas de pesquisa e segurança.
Na hora das perguntas dos jornalistas, porém, os questionamentos foram todos para o russo sobre a crise ucraniana. Lavrov voltou a criticar a “histeria” dos países ocidentais sobre os exercícios militares russos e reafirmou que a Rússia não vai concordar que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) “avance para o Leste”.
A visita da comitiva brasileira ocorre em um momento de alta tensão para o risco de uma guerra entre Rússia e Ucrânia, sendo que esses últimos têm apoio maciço das potências ocidentais – Estados Unidos, Reino Unido e países da União Europeia.
No entanto, Bolsonaro não visitará a Ucrânia e, por diversas vezes, o Itamaraty informou que a visita não iria incluir debates sobre a maior crise europeia na década.
Depois da etapa na Rússia, Bolsonaro irá para a Hungria, onde terá encontro com o primeiro-ministro do país, Viktor Órban.