O presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta segunda-feira, 29, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e o advogado geral da União, José Levi do Amaral. O anúncio das mudanças ocorreu horas depois da saída do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sob pressão do Congresso.
Reforma ministerial
Conforme o jornal Folha de S.Paulo, as mudanças fazem parte da reforma ministerial e ocorrem menos de uma semana depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter subido o tom contra o governo e afirmado que, se não houver correção de rumo, a crise da pandemia pode resultar em “remédios políticos amargos” a serem usados pelo Congresso, alguns deles fatais.
Bolsonaro ficou incomodado
Em relação a Levi, o jornal O Globo afirmou que Bolsonaro ficou incomodado, porque o presidente da AGU não assinou a ação que o Executivo ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir governadores adotem medidas restritivas de circulação durante o agravamento da pandemia da Covid-19. Segundo O Globo, o pedido, apresentado há dez dias, levou a assinatura apenas de Bolsonaro.
De volta à AGU
Com isso, ainda de acordo com O Globo, O ministro da Justiça, André Mendonça, vai retornar ao comando da AGU, cargo ocupado por ele até abril do ano passado. Para a Justiça, segundo o jornal, o mais cotado é o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.