O governo Mauro Carlesse (PHS) já faz as contas da economia e até ganhos financeiros que o Estado terá com a reforma que está sendo implementada desde o dia 1º, quando começou o segundo mandato da atual gestão. Só de folha de pagamento, o gastou caiu R$ 48 milhões entre dezembro (por volta de R$ 308 milhões) e o que será pago no início de fevereiro (R$ 260 milhões).
[bs-quote quote=”Um importante palaciano contou à coluna que ficou chocado ao descobrir que o Estado tinha uma escola com 40 estudantes operando com 200 servidores” style=”default” align=”right” author_name=”CLEBER TOLEDO” author_job=”É jornalista e editor do CT” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/02/CTAdemir60.jpg”][/bs-quote]
Até o final de 2019, a gestão garante uma economia de folha de R$ 382 milhões. Além disso, está projetando uma redução de custeio de mais R$ 100 milhões. Do outro lado das contas do Estado, o governo diz que está investindo no aumento da arrecadação e espera que este esforço garanta mais R$ 500 milhões de receita. Assim, entre redução de custos e aumento da arrecadação, o governo Carlesse estima que o ganho do Tocantins será de quase R$ 1 bilhão até o final deste ano.
Um dos pontos importantes da reforma do Estado será a modernização dos serviços públicos, como do Detran e do Naturatins. Quem cuidará desse processo é a nova Agência de Tecnologia e Informação, que está saindo do forno e vai unificar de todo este setor do Estado. A meta é ter menos gente trabalhando, com mais tecnologia disponível, garantindo um serviço mais ágil e eficaz à população.
Fora isso está se pensando a eficiência de toda a máquina pública estadual. Um importante palaciano contou à coluna que ficou chocado ao descobrir que o Estado tinha uma escola com 40 estudantes operando com 200 servidores.
Esse tipo de desajuste, explicou, que é alvo das reformas. A ordem não só demitir para enxugar, mas para também tornar a máquina pública mais eficiente. “Vamos andar mais leve, e assim andaremos melhor”, projetou a fonte.
O segundo round da reforma, que será concluída até semana que vem com a finalização das Medidas Provisórias, é a negociação com os sindicatos. Palacianos asseguram que todos os pontos polêmicos serão postos à mesa, “sem medo do enfrentamento”: data-base, progressões e até mesmo os Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCSs) feitos às vésperas de eleições.
O mote desses debates, avisam membros do governo, será que, para o Estado se realinhar, cada um terá que dar sua cota de sacrifício. Assim, a gestão vai querer o que uma alta fonte chamou de “trégua”, justamente até a máquina pública estar perfeitamente ajustada, poder voltar a investir e a cumprir seu papel de fomentador do desenvolvimento.
Sobre nomeações para áreas em que forem imprescindíveis, depois de concluídas as MPs da reforma, governistas afirmam que elas serão conversadas com a classe política, mas os indicados deverão necessariamente ter perfil técnico para o preenchimento.
Esse é o mundo perfeito para um Estado efetivamente administrado com seriedade e não conforme interesses menores de governantes e dos “amigos do rei”. A torcida é para essas propostas realmente deixem o discurso e se tornem realidade, e que o Tocantins, enfim, seja desviado do abismo que está a alguns passos à frente.
Oremos.
CT, Palmas, 17 de novembro de 2019.