Importantes palacianos contestam a reclamação de aliados de que o governo está negligenciando a formação das chapas proporcionais. Segundo eles, o staff do governador Mauro Carlesse (PHS) faz pesquisas para dimensionar o tamanho do desgaste dos possíveis aliados e quanto eles poderiam contaminar a campanha governista.
O núcleo da pré-candidatura de Carlesse realiza diariamente pesquisa de tracking para avaliar a movimentação dos adversários e do próprio governo. Com esse monitoramento, tenta definir, entre outros, quais são os melhores nomes para o candidato palaciano ter ao lado.
[bs-quote quote=”Palacianos negam qualquer salto alto. Apenas se dizem cientes da força do governo e, a partir disso, se traçou uma estratégia” style=”default” align=”right” author_name=”CLEBER TOLEDO” author_job=”É jornalista e editor do CT” author_avatar=”https://clebertoledo.com.br/wp-content/uploads/2018/02/CTAdemir60.jpg”][/bs-quote]
Conforme esses aliados, o custo-benefício de um aliado com profundo desgaste adquirido ao longo de sua trajetória pode atrapalhar mais do que ajudar. Para eles, não adianta aumentar significativamente o tempo de TV, mas criar um fosso entre o eleitor e o candidato, levando para o palanque alguém com profunda rejeição.
Além disso, o Palácio avalia que faltam duas semanas para as mais importantes convenções e que qualquer definição tomada agora pode ser mudada até lá. Então, não há pressa.
Trocando em miúdos, ainda que o governo possa negar, o fato é que os palacianos querem adquirir os aliados na baixa e não na alta, quando são mais cheios de exigências. Na bacia das almas, com o desespero de garantir boas composições para outubro e de ter estrutura para disputar, o valor deve estar bem mais baixo do que neste momento, quando os demais pré-candidatos a governador colocados no páreo querem conquistar aliados de toda forma.
Ou seja, na conjuntura atual, a demanda está maior do que a oferta, e isso gera inflação. No prazo final das convenções, avaliam governistas, essa relação do mercado eleitoral será invertida e todos ficarão mais acessíveis.
Por isso, esses palacianos negam qualquer “salto alto”. Apenas se dizem cientes da força do governo e, a partir disso, se traçou uma estratégia. Para os governistas, este não é um momento de definição, mas de monitoramento e reflexão.
Na verdade, concluem, a pressa agora é toda da oposição.
CT, Maringá (PR), 24 de julho de 2018.