Em uma espécie de carta aberta à direção nacional do Partido Social Liberal (PSL), o segundo suplente da senadora Kátia Abreu (PDT), bispo Guaracy Batista da Silveira comunica estar abrindo mão da presidência da comissão provisória da sigla no Tocantins. O motivo seria as brigas internas pelo comando da sigla. “Não há preço para a paz”, diz a Luciano Bivar e Antonio de Rueda, presidente e vice do PSL no Brasil.
Guaracy Batista afirma que “imaginava conseguir uma unificação entre os líderes do partido no Estado”, mas agora relata considerar a tarefa algo “impossível”. “Há pelo menos quatro ou cinco pessoas que aspiram e lutam por essa posição [presidente da comissão provisória], e que não se cansam de ir à Brasília tentando me desgastar, acusando-me desde ser de extrema esquerda à extrema direita. Sou apenas um patriota e um democrata”, rebate o suplente de senador sem citar nomes.
“Só se pode administrar se o administrador tiver estabilidade e segurança. Eu não posso ficar refém das vaidades de cada um que quer presidir essa honrosa sigla. Me cansa exercer o papel de bombeiro apagando incêndios que outros o fizeram”, acrescenta o bispo, que, ao abrir mão da presidência, pede apenas para que a nacional garanta na vices-presidências a deputada estadual Vanda Monteiro e o coronel Jair. “Pois já havia prometido aos mesmos”, explica.
Guaracy ainda reforça não ter problema com nenhum membro do partido, mas relata desgaste com a briga pela presidência.“Há muita gente querendo este cargo. Não tenho nenhum desentendimento com qualquer filiado, mas o cargo está muito cobiçado, e não me coloco como empecilho para aqueles que aspiram este posto. Deixo nas mãos do nacional, e os deixo à vontade. Não há preço para a paz”, comenta.