Os vereadores de Augustinópolis apreciam às 14 horas desta terça-feira, 12, o parecer de comissão processante favorável à cassação do prefeito Júlio Oliveira (PRB). O gestor é acusado de pagar propina a parlamentares para aprovar matérias de interesse do Executivo na Casa de Leis. O caso foi alvo da Operação Perfídia, da Polícia Civil, que chegou a prender dez dos onze membros da Câmara.
Quem aprecia o parecer favorável à cassação são os suplentes dos vereadores acusados de receber a propina, que estão afastados da função. O único titular é o próprio presidente da Câmara, Cícero Moutinho (PR), que não foi alvo das investigação e não foi denunciado pelo Ministério Público (MPE). A comissão processante não acusa o vice-prefeito, Vanderlei Alves (PRB), que deve assumir o Paço caso o Legislativo opte pela cassação de Júlio Oliveira.
O CT buscou a Prefeitura de Augustinópolis, mas as ligações não foram atendidas.
Entenda
Em janeiro, a Polícia Civil deflagrou a Operação Perfídia e cumpriu mandados de prisão temporária contra dez dos 11 vereadores de Augustinópolis. A ação investigou cobrança de propinas para a aprovação de projetos de lei do Executivo. A suspeita da corporação e do Ministério Público (MPE) é que o esquema movimentava R$ 40 mil mensalmente.
Os vereadores agora afastados alvos de prisão temporária na operação foram Os alvos foram: Antônio Silva Feitosa (PTB), Maria Luisa de Jesus do Nascimento (PP), Antônio Barbosa Sousa (SD), Antônio José Queiroz dos Santos (PSB), Edvan Neves Conceição (MDB), Ozeas Gomes Teixeira (PR), Francinildo Lopes Soares (PSDB), Angela Maria Silva Araújo de Oliveira (PSDB), Marcos Pereira de Alencar (PRB) e Wagner Mariano Uchôa Lima (MDB).
Uma denúncia foi oferecida pelo MPE contra os dez vereadores e dois servidores da Câmara por terem constituído e integrado organização criminosa com o intuito de obter vantagem indevida em razão dos cargos públicos exercidos. O prefeito não foi alvo do órgão. Por outro lado, a comissão processante o responsabilizou por ter feito os pagamentos.