A Câmara dos Deputados ignorou o desfile de blindados, visto como uma forma de intimidação aos parlamentares, e impôs uma derrota ao presidente Jair Bolsonaro na noite dessa terça-feira, 10, rejeitando a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do tal “voto impresso auditável”. Apesar de maioria favorável, o governo não conseguiu os 308 votos necessários para a aprovação da matéria. Foram 229 a favor da PEC, 218 contrários e 1 abstenção. A matéria agora vai para o Senado.
Vicentinho surpreende
A bancada do Tocantins se dividiu nessa votação, com quatro votos favoráveis e outros quatro contrários. A surpresa na posição contra o “voto impresso auditável” ficou por conta do deputado Vicentinho Júnior (PL), governista que era visto como favorável à PEC, apesar de nunca ter se manifestado publicamente sobre a questão. Nas redes sociais, o parlamentar comentou o voto: “Nunca fui nas escolhas mais fáceis, mas nas mais corretas. Acredito no sistema eleitoral brasileiro que me fez um legítimo representante do meu Tocantins por duas vezes. Acredito na transparência e na auditagem atual, modernizar sim, retroceder não!”, defendeu.
Contra
Além dele, como anunciado, votaram contra os deputados Célio Moura (PT), Dorinha Seabra Rezende (DEM) e Dulce Miranda (MDB). Nas redes sociais, Moura avisou: “A urna eletrônica já é auditável. A urna é segura e confiável. Meu voto é não ao retrocesso, não ao domínio das milícias, não queremos a volta da contagem manual – essa, sim, passível de maracutaias variadas. Não ao retorno do voto de cabresto.
Meu voto é em defesa da democracia”.
Favoráveis
Votaram favoráveis ao voto “impresso auditável” os deputados tocantinenses Osires Damaso (PSC), Eli Borges (SD), Carlos Gaguim (DEM) e Tiago Dimas (SD).
Confira os votos da bancada: