A Lei Orgânica de Novo Acordo estabelece que os gestores do município não podem se ausentar por mais de 15 dias do município, e é com base neste dispositivo que os vereadores estudam a possibilidade de cassar o mandato do vice-prefeito Leto Moura Leitão Filho, o Letim Leitão (PRB), preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) desde janeiro, acusado de ser o mandante do atentado contra o prefeito Elson Lino de Aguiar Filho, o Dotozim (MDB).
O próprio presidente da Casa de Leis, Jordel Macedo (DC), admitiu ao CT a possibilidade e esclareceu que o assunto será debatido nesta quinta-feira, 21, com os demais vereadores. Apesar da discussão ainda não ter sido iniciada, o parlamentar acredita que o processo vai acontecer porque é algo que “está na Lei Orgânica” e reforça que o tema sequer entra no mérito da acusação da qual Letim Leitão é alvo. “Ninguém está perseguindo”, resumiu.
Entenda
Letim Leitão teria sido o responsável por contratar um pistoleiro por R$ 10 mil para matar Dotozim. O vice-prefeito negou o crime, mas está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP), junto com o suspeito de ser o pistoleiro, Gustavo Araújo da Silva, que teria sido contratado pelo empresário Paulo Henrique Sousa, também detido. O delegado Leandro Risi, que coordenou a investigação, chegou a afirmar que o crime teria sido motivado por conflitos na distribuição de propinas.