A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina” também decidiu buscar um Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que possa se manter em silêncio em seu depoimento à CPI da Covid, às 9 horas de quinta-feira, 20. Assim, ela segue o mesmo caminho de seu ex-chefe, o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello. Conforme o jornal O Estado de S.Paulo, a médica alega “temor” em razão de suposta “agressividade” dos senadores ao inquirir os depoentes da comissão.
4 pedidos
Em habeas corpus impetrado na corte na noite desse domingo, 16, os advogados Djalma Pinto e Rafaela Ribeiro Pinto fazem quatro pedidos a corte: para que Mayra seja assistida por sua defesa durante o depoimento; que seja garantida a palavra aos advogados da médica, pelo presidente da CPI Omar Aziz, para o exercício da defesa da servidora; o direito de Mayra não se auto-incriminar; e que as partes seja tratadas com ‘urbanidade’ durante o depoimento.
Cloroquina no Amazonas
Mayra foi a responsável por organizar comitiva de profissionais de saúde que foi ao Amazonas, com o objetivo de difundir o uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. Estudos apontam que o medicamento não tem eficácia contra a doença, enquanto a hidroxicloroquina pode aumentar a mortalidade em pacientes com coronavírus.
Ministério incentivou cloroquina
Ao Ministério Público Federal, a Capitã Cloroquina afirmou que o Ministério da Saúde incentivou o uso da cloroquina nas visitas de médicos voluntários em Manaus. A viagem aconteceu em janeiro, pouco antes da crise de oxigênio na capital amazonense.