Em um movimento encabeçado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) do Brasil, o CAU do Tocantins promoveu encontro com os candidatos ao governo do Estado em sua sede em Palmas na segunda, 10, e terça-feira, 11, para debater a “Carta-Aberta pelo Direito à Cidade”.
O documento elaborado por arquitetos e urbanistas conta com 53 propostas de melhoria para as cidades de todo o Brasil. A carta foi encaminhada previamente para todos os candidatos e depois foi marcado um encontro presencial com os mesmos. Todos confirmaram presença previamente, mas somente Bernadete Aparecida (Psol) e César Simoni (PSL) foram à reunião.
Na segunda-feira, o presidente do CAU, Silenio Camargo, junto com o vice-presidente Luiz Hildebrando e conselheiros, receberam o candidato do Partido Social Liberal (PSL). Simoni elogiou o documento entregue e disse que o material o ajudou a esclarecer algumas questões acerca das cidades. O candidato, que já foi secretário estadual de segurança pública, enfatizou esta questão. Neste sentido, uma das propostas do CAU é a revitalização de espaços urbanos para que eles possam ser ocupados pela população.
De acordo com Luiz Hildebrando, tal ocupação acaba por inibir os atos de violência. “Um exemplo claro que nós temos em Palmas é a área em que hoje está situado o Parque dos Povos Indígenas. Antes você tinha uma grande ocorrência de assaltos e atos violentos naquela área, depois da revitalização todos os dias tem movimento de pessoas lá”, pontuou o vice-presidente do CAU do Tocantins.
A conselheira Joseliene da Silva ainda reafirmou que só a revitalização não basta, e que é preciso que a expansão urbana seja feita a partir de um planejamento, e para que isto seja feito de maneira eficiente é preciso que se tenha a frente profissionais com devidos conhecimentos técnicos, defendeu.
Segundo Bernadete Aparecida (Psol), recebida nesta terça-feira, a promoção de fóruns para se discutir o desenvolvimento das cidades será uma das suas ações, caso eleita. A candidata falou também sobre promoção de moradia digna para todos, proposta reforçada na Carta-Aberta, que aponta como uma das alternativas para a viabilidade de moradia para a população de baixa renda, a realização de concursos públicos de projetos arquitetônicos que, uma vez aprovados, seriam repassados a população para que se pudesse construir de maneira mais eficaz, com supervisão técnica e com uma economia de material.
Para o presidente Silenio Camargo, fazer com que essas propostas cheguem aos candidatos, independentemente de sua linha ideológica, é o que importa para o conselho. “Nossas preocupações não são partidárias, são preocupações gerais que envolvem a comunidade, por exemplo, a partir de interferências urbanas é possível você prevenir atos de violência e o que a gente pretende é que esse conhecimento chegue a todos os candidatos e que eles saibam o que os nossos núcleos urbanos estão precisando” finalizou.
Carta-Aberta pelo Direito à Cidade
O documento que é um manifesto dos Arquitetos e Urbanistas do Brasil, em defesa de uma planejamento urbano solidário e inclusivo é composto por 53 propostas que englobam as áreas de políticas públicas, mobilidade urbana, valorização dos centros históricos culturais, bem como preservação do meio ambiente e atenção as comunidades tradicionais.
(Com informações da Ascom)