O deputado federal Célio Moura (PT) organiza o Partido dos Trabalhadores do Tocantins e entidades sindicais para fazer uma frente aos projetos do Palácio Araguaia de privatização e da Reforma da Previdência. O parlamentar se reuniu com pelo menos 31 entidades sindicais nesta quinta-feira, 18, para debater o assunto e a executiva estadual petista já emitiu documento para formalizar posicionamento contrário às iniciativas.
Outras privatizações estão a caminho
Entre os projetos citados por Célio Moura, três já estão com os deputados estaduais, sendo eles: a concessão de 640 quilômetros em dez rodovias estaduais [MP 09 de 2020], a autorização para a venda das ações que o governo estadual possui da Energisa [PL 04 de 2020] e a redução do número de membros dos conselhos do Instituto de Gestão Previdenciária (Igeprev). Entretanto, o petista afirma haver “outras privatizações a caminho”, listando a privatização da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), Parque Estadual do Jalapão, Terminais Rodoviários, uma unidade prisional e um hospital infantil.
Governo do Tocantins quer abrir a porteira
Célio Moura reforça a necessidade desta mobilização para que o Palácio Araguaia não se beneficie com a crise de Covid-19 para garantir a aprovação dos textos. O petista cobra diálogo e revela que vai pressionar a AL. “Não podemos baixar a guarda neste momento de pandemia. O governo do Tocantins quer abrir a porteira. Vamos para cima da Assembleia Legislativa porque o governo não pode fazer as privatizações deste tamanho, que é um desmonte, sem fazer audiência pública com cada entidade, órgão e departamento. Vamos debater com cada deputado, cada deputada”, disse à Coluna do CT.
Reforma da Previdência nos moldes da feita por Bolsonaro
Célio Moura pediu alerta especial à Reforma da Previdência no Tocantins. O congressista projeta que o Palácio Araguaia pretende elaborar um texto “nos moldes” do que foi apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no cenário federal. O petista diz que o Estado pretende deixar de fora o funcionalismo dos Poderes e os militares. Entretanto, o governador Mauro Carlesse (DEM) ainda não enviou o projeto.