A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou na quarta-feira, 30, o projeto da senadora Kátia Abreu (Progressistas) que proíbe a construção de barragens, comportas ou eclusas no Rio Araguaia, que faz divisa entre Goiás e Mato Grosso e Tocantins e Pará. O texto teve parecer favorável do senador Jayme Campos (DEM-MT), com uma emenda, e segue agora para análise da Câmara dos Deputados, salvo recurso para votação em Plenário.
Não irá prejudicar o desenvolvimento econômico
Para a tocantinense, o impedimento à construção de barragens e eclusas não prejudicará o desenvolvimento econômico da região. Segundo Kátia Abreu, o Araguaia não possui grande potencial de geração de energia hidrelétrica e nem é uma boa alternativa para navegação fluvial. Sendo assim, os impactos sociais e ambientais de edificações no curso do rio não seriam devidamente compensados. “A construção impactaria drasticamente a fauna e a flora, que dependem do rio, de seus varjões, de suas lagoas e de suas matas de galeria. Além disso, desalojaria milhares de pequenos e médios produtores de suas terras”, argumentou.
Rio
O Araguaia é um dos maiores rios do Brasil em extensão, fluindo por 2.115 quilômetros. O rio integra a bacia Araguaia-Tocantins, a maior bacia hidrográfica inteiramente localizada em território brasileiro. Seu curso contém a Ilha do Bananal, maior ilha fluvial do planeta, classificada como uma das Reservas Mundiais da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).