A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) emitiu uma nota na terça-feira, 16, para pedir a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde (MS). A cobrança deve-se à má condução da crise sanitária pelo ministro. A entidade afirma ter recebido relatos de prefeitos sobre a suspensão da vacinação contra a Covid-19 devido à “interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas”.
Necessária, urgente e inevitável
Na nota, a CNM defende que a atual gestão do MS “não reúne condições” para conduzir a crise sanitária do País e, por isso, a troca de comando é “necessária, urgente e inevitável”. “A pasta tem reiteradamente ignorado os prefeitos do Brasil, com uma total inexistência de diálogo. Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas. Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para estados e municípios. Com uma postura passiva, a atual gestão não atende à expectativa da federação”, listou a entidade.
ATM não participou da elaboração do documento
Apesar de ter o nome vinculado à nota [veja a logomarca no final do documento], a Associação Tocantinense de Municípios (ATM) informou que “não teve a efetiva participação” na elaboração do documento. A entidade municipalista do Estado disse “entender” a manifestação da CNM, mas pondera que “precisa discutir com os representantes do Tocantins” para emitir um entendimento sobre o desempenho de Eduardo Pazuello à frente do MS.
Veja abaixo a nota da ATM:
“Nota ao Portal CT
A Associação Tocantinense de Municípios (ATM) observou que a Confederação Nacional de Municípios (CNM) emitiu nesta terça-feira, 16, uma nota intitulada “Nota sobre a Interrupção da Vacina no Brasil e a necessidade de troca no comando do Ministério da Saúde”.
A ATM explica que a construção da tomada de decisão para a emissão dessa nota não teve a efetiva participação da Associação Tocantinense de Municípios, apesar da ATM entender a CNM, sua liderança ao Movimento Municipalista e a necessidade de um posicionamento, em nível nacional, dos Municípios quanto ao processo de vacinação no país, que têm gerado sinais de insatisfação em diversos pontos do Brasil.
A ATM respeita a decisão da CNM, está à disposição da Confederação para a defesa e luta pelas pautas municipalistas, mas que precisa discutir com os representantes municipais do Tocantins um entendimento e posicionamento sobre essa questão.
Sem mais a esclarecer.
Diogo Borges
Presidente em exercício”