Em uma carta aberta direcionada ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) pede que o governo federal assuma o papel constitucional de coordenação nacional no enfrentamento à Covid-19, “de uma vez por todas”. “É hora de focar no presente, produzir resposta efetiva, colocar a evidência científica como norte e despolitizar a pandemia, superando divergências e priorizando a defesa da vida para estancar as milhares de mortes e aplacar o sofrimento das famílias brasileiras”, diz o documento.
Papel de coordenação da União é indispensável
Assinada pelo presidente da confederação, Glademir Aroldi (PP), a carta destaca que o País está “na pior fase da pandemia” e, neste sentido, defende a “soma de esforços” entre os entes como o caminho para amenizar os impactos, sendo “indispensável” o papel de coordenação da União. “O presidente deve estar pessoalmente empenhado na execução de campanha de comunicação em prol da eficácia e da segurança das vacinas, além da defesa das medidas não farmacológicas, como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool gel, que vêm sendo adotadas em todo o País”, discorre a CNM, cobrando tudo o que Bolsonaro não fez em mais de um ano de crise epidemiológica.
Brasil está em guerra
A CNM pede que a União fomente a produção e a importação de bloqueadores neuromusculares e oxigênio, com um trabalho logístico para monitorar e remanejar estes insumos pelo País. “Uma nação não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados ou tendo que suportar dores indescritíveis decorrentes de intubação sem anestesia. O Brasil está em guerra contra o vírus e, na guerra, todos têm responsabilidades. A União precisa reorientar as plantas produtivas à disposição no país e, mais do que nunca, mobilizar a diplomacia internacional a fim de garantir as condições necessárias, para responder a esta batalha”, defende.