O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) referentes aos rendimentos de todas as fontes de 2024. O levantamento buscou informações de rendas relativas a trabalho, mas também de outras fontes, como aposentadoria, pensões, alugueis, arrendamentos, programas sociais de transferência de renda, entre outros.
MAIOR NÍVEL DESDE 2012
Quando se analisa a porcentagem da população que possui algum tipo de rendimento, independente da fonte, o Tocantins atingiu o maior valor desde 2012, com 65,6% da população nesta categoria. No ano anterior, 2023, o Estado já tinha obtido um recorde, com 63,3% do total. Na comparação, o Tocantins supera a média da região Norte (59,5%) e fica um pouco atrás da média nacional, que foi de 66,1%, também recorde na série histórica.
RENDIMENTOS
Os tocantinenses que tiveram rendimentos habitualmente recebidos em todos os trabalhos pelas pessoas de 14 anos ou mais foram 41,6% em 2024 e, os que receberam por outras fontes, 25,7% no estado.
APOSENTADORIA E PENSÃO
O tipo de rendimento advindo de aposentadoria e pensão dos tocantinenses foi de 10,7% em 2024, o que representou uma pequena queda ante 2023 (10,8%). O Brasil tem uma marca maior que o Tocantins, tendo 13,5% ao todo. No Estado, 1,9% das pessoas tiveram renda obtida por aluguel e arrendamento, enquanto pessoas que recebiam pensão alimentícia, doação e mesada de não morador somaram 2,7% do total.
PROGRAMAS SOCIAIS EM CRESCIMENTO
O estado mais novo do país registrou uma tendência vista nacionalmente, a do aumento da faixa da população que tem como rendimento algum programa social do governo. Em 2019, o Tocantins tinha 8,4% dos habitantes nessa condição e, em 2024, o número foi elevado para 10,9% no último levantamento. Ainda em 2019, antes da pandemia da Covid-19, eram 6,3% dos brasileiros recebendo esses auxílios. A Região Norte do país seguiu o mesmo caminho, sendo 9,6% na pré-pandemia e 13,5% cinco anos depois.
RENDIMENTO MÉDIO
Ao se considerar todas as fontes para o rendimento mensal da população com rendimento no ano de 2024, o valor foi de R$ 2.630 na média. A quantia no tipo habitualmente recebido em todos os trabalhos no ano passado foi R$ 2.786 e, de outras fontes, R$ 1.557 na categoria. Aposentados e pensionistas do Estado receberam, em média, R$ 2.361 no ano passado. A renda advinda de aluguel e arrendamentos foi de R$ 1.360; Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador teve o valor de R$ 722; A quantia que tocantinenses receberam de programas sociais do governo foi de R$ 823 e, o valor obtido por outros rendimentos marcou R$ 1.442 em 2024.
QUEDA NO GINI
A PNAD-C também mostrou uma queda no índice de Gini no Tocantins para 0,459. Ele é uma medida estatística que quantifica a desigualdade de renda em uma população, variando de 0 a 1. Quanto mais próximo do 0, mais a igualdade entre a população é vista. Em 2022, o Estado tinha atingido 0,502 no índice e, em 2023, 0,471. Tanto no Brasil quanto na Região Norte, os números foram mais elevados que no Tocantins, sendo 0,488 e 0,477, respectivamente.
MAIOR RENDIMENTO PER CAPITA DO NORTE
O levantamento do IBGE também mostrou o rendimento médio real domiciliar por pessoa, sendo que o tocantinense obteve R$ 1.725 na variável. O resultado deixou o estado com o maior valor entre as Unidades da Federação (UF) da Região Norte, que registrou média de R$ 1.319. No Brasil, a quantia foi maior, tendo média de R$ 2.020 por pessoa.
PARTICIPAÇÃO DO BOLSA FAMÍLIA
Tocantins registra 23,1% dos domicílios com recebimento do Bolsa Família em 2024 A PNAD-C mostrou que, ano passado, o Tocantins teve 23,1% dos domicílios que recebiam o Bolsa Família, o que representou uma queda de 0,1 ponto percentual (p.p.) no valor de 2023 (23,2%). Os domicílios que recebiam Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) cresceu 1,3 p.p. entre os dois anos, saindo de 4,8% para 6,1% e atingindo o maior valor da série histórica. Outros tipos de programas sociais também tiveram elevação no estado, sendo 0,2% em 2023 e 1,3% no ano de 2024.