Terceiro colocado na disputa pelo Palácio Araguaia com 47.046 votos (6,68% dos válidos), o advogado Márlon Reis (Rede) conquistou nas eleições ordinárias 21,1% votos a menos do que na suplementar, quando obteve 56.952. Em números absolutos, no domingo ele perdeu 9.906 votos. Ao CT nesta terça-feira, 9, Márlon fez uma avaliação positiva do segundo pleito em que participou. O agora político garantiu que vai permanecer no Tocantins e projeta novamente disputar cargos públicos, sem adiantar quais. O candidato derrotado também evitou demonstrar qualquer mágoa com o senador eleito e deputado federal Irajá Abreu (PSD).
Apesar da derrota, Márlon Reis demonstrou estar satisfeito com o desempenho no pleito. “Eu fiquei feliz com a oportunidade de representar uma ideia nova, propostas inovadoras, dentro de um modo de fazer política bem diferente, sem a base tradicional”, disse o advogado, garantindo que continuará no cenário político tocantinense. “Fica o registro de nossa participação e nossa chegada. Eu não participei de uma eleição, eu me integrei à política tocantinense. Cheguei para ficar”, disse o líder do Rede Sustentabilidade, acrescentando ser “cedo” para dizer para quais cargos poderia se candidatar.
Questionado sobre como seria sua postura diante de mais quatro anos de Mauro Carlesse (PHS) à frente do Palácio Araguaia, Márlon Reis se resumiu a dizer que vai focar na “organização” do Rede Sustentabilidade. “Trabalhar a formação de bases políticas de todo o Estado. Terminar o processo de apresentação ao meu Estado natal. Não estou focado nessa questão de governo”, disse o advogado, admitindo o pouco conhecimento do eleitorado tocantinense ao seu nome.
Sem ligação
Márlon Reis contou ao CT que não recebeu qualquer ligação de Irajá Abreu após o pleito, sequer para agradecer o espaço que cedeu ao projeto do social-democrata ao Senado. Por outro lado, o advogado afirma que também não tomou a iniciativa de ligá-lo para parabenizá-lo pela eleição. Mesmo com a total falta de diálogo, o político da Rede garante: “Não há desentendimento”. O Blog CT já repercutiu que os dois não se veem desde o registro de candidatura da “Frente Alternativa”, em agosto.
O advogado ainda disse que não se sente traído pelo colega de chapa majoritária nas eleições. “Não existe [o sentimento de traição]. O jeito dele, a estratégia política dele é diferente da minha. Sabíamos o que estávamos conversando. A vinda dele para o grupo para o processo foi importante para a existência da chapa”, garantiu.
Por fim, Márlon Reis voltou a destacar a sua participação no pleito. “Espero que esta jornada consiga fazer florescer mudanças mais profundas nas próximas eleições”, afirmou o advogado, que não quis se posicionar em relação ao segundo turno da eleição presidencial. “Eu sou uma pessoa de partido e vou aguardar”, encerrou.