O consórcio Conectar oficializou nesta segunda-feira, 20, o pedido para que o Ministério da Saúde (MS) reveja a medida que suspende a vacinação do público entre 12 e 17 anos sem comorbidades. Na avaliação do grupo, a normativa divulgada no dia 15 deste mês, vai na contramão dos protocolos implementados em outros países e contraria evidências científicas já divulgadas quanto à segurança e efetividade da imunização de jovens e adolescentes.
Não é justa a confusão
O pedido de revisão da normativa é fruto de reunião da diretoria do Conectar, mobilização inédita liderada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que congrega 2.500 municípios de todo o País. Membro da iniciativa, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), criticou a normativa. “Não é justa a confusão, aflição e insegurança gerada nas pessoas. Em Palmas, se tivermos doses, continuaremos com as vacinas em jovens sem comorbidade”, destacou a tucana, que também é presidente de Relações Institucionais da FNP.
Revisão é urgente
Prefeito de Florianópolis (SC) e presidente do Conectar, Gean Loureiro (DEM) quer que a revisão aconteça o mais rápido possível. “Entendemos que é urgente a reversão desta diretriz, que prejudica o planejamento das cidades e a operacionalização da vacinação. Temos convicção de que há doses suficientes já contratadas para o atendimento eficiente a este público, que está exposto com o retorno das atividades escolares presenciais e precisa ser protegido”, explicou.
Sobre o Consórcio Conectar
Liderado pela FNP, o consórcio Conectar é uma mobilização inédita que atua para salvar vidas e propor soluções ágeis para os problemas que impactam as redes de atenção à saúde. Congrega mais de 2.500 cidades e representa os interesses de mais de 150 milhões de brasileiros. Com a constituição oficial de autarquia, o Conectar consolidou-se como o maior consórcio público de saúde do país.