A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga aplicações temerárias do Instituto de Previdência Social da Capital (PreviPalmas) se reuniu extraordinariamente no início da tarde desta sexta-feira, 28, para prorrogar os trabalhos do colegiado por mais 90 dias. Sem a prorrogação, a CPI encerraria em janeiro.
Presidente da CPI do PreviPalmas, Júnior Geo entende que seria possível a finalização dos trabalhos ainda este ano, mas foi voto vencido pelos demais membros da comissão, que argumentaram em especial a necessidade de ouvir o presidente do instituto na época das aplicações temerárias, Max Fleury.
Júnior Geo revelou que uma solicitação de condução coercitiva contra o ex-presidente do PreviPalmas foi solicitada, mas foi negada pelo Fórum da Capital, ser necessária a judicialização o caso para que a medida fosse utilizada. “Mas os documentos necessários para o seu possível indiciamento existem e devem ser apontados no relatório”, defendeu.
O vereador ressaltou que a ausência de uma das testemunhas não impediu que as provas apontando os responsáveis fossem contidas no relatório realizado pelo apoio técnico.
“A minha opinião é de que já poderia ser finalizado o relatório e ser votado. Já temos um apontamento de estorno de no mínimo de R$ 48 milhões de R$ 58 milhões através da Caixa Econômica Federal, que infelizmente cometeu o deslize de liberar recurso para os investimentos sem a autorização necessária”, comentou ainda.
Outra composição
Prorrogada, a CPI do PreviPalmas pode vir a ser concluída com uma composição totalmente diferente. Relator da comissão, Marilon Barbosa (PSB) não poderá ser mais membro porque assumirá na segunda-feira, 31, a presidência da Câmara. Júnior Geo (Pros) e Léo Barbosa (SD) foram eleitos deputados estaduais em outubro e deixarão a casa no dia 1º de fevereiro.