A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga irregularidades nos investimentos do PreviPalmas no Cais Mauá, de Porto Alegre (RS), ouvirá nesta terça-feira, 7, em Belém (PA), o empresário Elton Felix Gobi Lira, que está preso no Centro de Detenção Provisória de Icoaraci. O empresário está envolvido na operação Circus Maximus da Polícia Federal, que apura corrupção no Banco Regional de Brasília.
Lira, conforme a Polícia Federal, se apresentava como operador do mercado financeiro e arrecadador de recursos de fundos de previdência junto a prefeituras. O empresário é réu em processo que investiga desvio de mais de R$ 30 milhões em recursos de fundos municipais de Pará, Tocantins, Santa Catarina, Amapá e Brasília.
A empresa de Lira prestou serviços ao PreviPalmas. Conforme o presidente da CPI, vereador Milton Neris, o preso, em depoimento à PF, teria dado detalhes de como funcionaria o suposto esquema contra o instituto de Previdência do servidor da capital do Tocantins. Neris avisou que, dependendo do que o empresário disser, poderão ocorrer novas convocações, inclusive de pessoas que já foram à Câmara depor.
Advogado de Amastha
Quem acompanha a CPI a Belém é o advogado Leandro Manzano, que defende o ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). Segundo o próprio Manzano afirmou na petição à comissão para acompanhar o depoimento, Lira citou Amastha à PF, por isso, o interesse do advogado de acompanhar o depoimento do empresário.
Seguiram para Belém os vereadores Milton Neris, Laudecy Coimbra (SD), Tiago Andrino (PSB), Vandim do Povo (DC) e Moisemar Marinho (PDT), todos membros da CPI, acompanhados de dois técnicos legislativos. Um deles, o consultor jurídico da comissão, Ricardo Eustáquio.
Já o presidente do Sindicato dos Servidores de Palmas (Sisemp), Hegel Albuquerque, afirmou ter conseguido a autorização do Centro Icoaraci apenas na manhã dessa segunda-feira, 6, e não foi possível organizar a viagem em cima da hora. Outro que tinha interesse de acompanhar a CPI era o presidente do Sindicato das Guardas Metropolitanas do Estado do Tocantins (Sigmep-TO), Gilmar Fernandes Cunha. Também conseguiu autorização, mas em cima da hora, o que impediu a organização da viagem.